Em dois meses: Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo com mais 2.605 desempregados

Novos dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional já reflectem efeitos da pandemia. Só em Abril foram mais 1.688 as pessoas que se inscreveram nos centros de emprego desta região

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Infografia: Verdadeiro Olhar

Nos últimos dois meses há mais 2.605 pessoas dos concelhos de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo inscritas nos centros de emprego.

Depois de uma subida de 917 desempregados, em Março, registou-se um aumento de 1.688 em Abril, mostram os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Estes números reflectem já os impactos da pandemia COVID-19, que obrigou muitas empresas a fechar portas ou a entrar em lay-off.

Segundo o IEFP, no final de Abril havia 392.323 indivíduos desempregados registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas. Trata-se de um aumento de 22,1%, mais 71.083 pessoas, que o verificado em igual mês de 2019. Em relação a Março deste ano, são mais 48.562 pessoas desempregadas, uma subida de 14,1%. Desde o início da pandemia, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego é já de mais 76.761 pessoas.

Na região, os efeitos também se fazem sentir. No final do mês de Abril havia 14.798 pessoas de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo inscritas nos centros de emprego. São mais 1.688 que no mês anterior. Comparativamente com o mesmo mês do ano passado são mais 1.789 pessoas desempregadas.

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Em relação ao mês passado, Lousada tem mais 272 pessoas sem emprego, num total de 1.847, enquanto Paços de Ferreira subiu para os 2.086 desempregados (mais 155). Em Paredes o aumento foi de 422 inscritos nos centros de emprego, chegando os desempregados no concelho aos 3.689. Já em Penafiel são mais 322 as pessoas sem trabalho, num total de 2.818. Valongo, concelho mais populoso, registou a maior subida, com mais 517 pessoas sem emprego. São agora 4.358 os cidadãos nessa situação em Valongo.

Os principais motivos invocados, mostra o documento do IEFP, são o despedimento e o fim do trabalho não permanente.