Foi em agosto de 2024 que José Miguel Costa, natural de Parada de Todeia, em Paredes, subiu ao topo mundial de Stick-Fighting (luta com bastão), em Breslávia, na Polónia, depois de se sagrar campeão do mundo da modalidade. Uma proeza que merece ser enfatizada também porque, o também militar da GNR chegou à Polónia e, logo após a cerimónia de apresentação do Campeonato do Mundo, recebeu o telefonema com a notícia que o pai tinha falecido.

A organização do evento autorizou o seu regresso a casa. Disse o último adeus ao pai e voltou para a Polónia, não só pela força da família, sobretudo da mulher e dos dois filhos, mas também porque não é um desistente. Chegou em cima da hora. Correu do aeroporto diretamente para os combates, não descansou e estava arrasado emocionalmente. Ainda assim, conseguiu vencer todos as competições. E esse será o feito maior, porque, e apesar de estar devastado ganhou e é o melhor dos melhores.

José Miguel Costa foi gigante no combate, mas também é na vida. Desde sempre contou com o apoio do pai que tinha as paredes de casa forradas com recortes de jornais com os feitos do filho. Por isso, fazia todo o sentido levar a competição até ao fim, não só para concretizar um sonho, mas para satisfazer o do pai que sempre soube que, um dia, o filho iria ser o campeão do mundo.

Esta proeza traduz-se num exemplo que nunca devemos desistir, mesmo quando a vida nos parece empurrar em sentido contrário. José Miguel Costa mostrou disciplina, compromisso e resiliência. E, em 2024, conseguiu escrever o seu nome na História das Stick-Fighting. Por isso, não é só um atleta, mas um filho e um paredense de ouro.

Maria Inês de Barros, Penafiel

Maria Inês de Barros, atiradora de Penafiel e campeã europeia de fosso olímpico, teve um ano de 2024 em grande. Para além de ter vestido a camisola do Benfica, reforçando o contingente olímpico encarnado, na modalidade de tiro com armas de caça, viajou até Paris para participar nos Jogos Olímpicos.

Oriunda da Associação Caçadores do Vale do Tâmega, a jovem de 23 anos foi a primeira mulher portuguesa de sempre, e única, pelo menos até 2028, na modalidade a participar nos Jogos Olímpicos.

A atiradora portuguesa Maria Inês Barros falhou o apuramento para a final de fosso olímpico dos Jogos Olímpicos Paris2024, depois de ser eliminada apenas no ‘shoot-off’.

Apesar da eliminação, Maria Inês Barros garantiu um diploma olímpico para Portugal, juntando-se ao ciclista Nelson Oliveira, sétimo no contrarrelógio, e a Vasco Vilaça e Ricardo Batista, quinto e sexto no triatlo, respetivamente.

Maria Inês Barros conseguiu o terceiro melhor resultado português no fosso olímpico, depois da prata de Armando Marques em Montreal1976 e do sétimo lugar de Manuel Vieira da Silva em Atlanta1996.

A menina de Penafiel conseguiu fazer história e vai ficar para a história do tiro em Penafiel, em Portugal e no mundo.

Diogo Gonçalves, Paredes

Diogo Gonçalves é de Paredes e sagrou-se bi campeão do mundo de goju-ryu, depois de participar na sétima edição do World Karate Goju-Ryu Championship, que decorreu na Áustria.

A competição contou com mais de 1000 inscrições e 900 atletas de todo o mundo.

Diogo Gonçalves, que repete a conquista do lugar mais alto do pódio no escalão de kumite combate, arrecadou, nestes últimos três anos, o mesmo título em Itália, em 2022, e foi campeão europeu individual e equipas sénior, em 2023, na Bélgica.

A repetição de um título é uma conquista rara, mas Diogo Gonçalves provou que nada é impossível e que vai continuar a lutar pelos ringues da história que, nesta modalidade, já lhe pertencem.

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