Carlos Ramos, mais conhecido como Carlitos, vestia a camisola azul e branca quando a equipa do Futebol Clube do Porto se sagrou campeã do mundo em hóquei em patins ao conquistar a Taça Intercontinental.
Natural de Sobreira, Paredes, o jovem de 21 anos alcançou assim o seu primeiro título internacional envergando o número 11.
Apesar de ser o primeiro troféu além fronteiras, Carlitos já tinha conquistasem vários campeonatos nacionais de hóquei em patins, de Sub-13, Sub-15 e Sub-17, entre outros. Começou na Casa do Povo de Sobreira e seguiu depois para a Associação Desportiva de Valongo. Mas o talento levou-o ao FC Porto, onde reforçou a equipa para a época 2021/2022.
De salientar que o defesa e médio fez toda a formação no Valongo, mas, desde cedo sonhava vestir a camisola azul e branca. E conseguiu! Mas não foi fruto do acaso, porque é conhecido por ser um hoquista trabalhador que, quando entra em campo, dá tudo, mas sempre focado nos seus colegas de equipa.
Como objectivos pessoais, Carlos Ramos está focado em “aprender, crescer e ganhar mais maturidade”, porque tem consciência que é muito novo e que tem um longo percurso pela frente para se tornar crescer na modalidade.
A se a taça já foi colocada no Museu do FC Porto, parte do mérito desta conquista veio para o concelho de Paredes que só pode ter orgulho num atleta que é um indiscutível campeão.
José Fonte (Penafiel) e Xeka (Paredes), campeões de França pelo Lille
José Fonte e Xeka (Miguel Rocha) são de Penafiel e Paredes, respectivamente, e foram em 2021 campeões da liga francesa, pelo Lille.
O jogo que lhes deu o passaporte para o troféu jogou-se em casa contra o Angers, onde o colectivo venceu por 2-1, em jogo da 38.ª e última jornada.
Xeka esteve em jogo. José Fonte, capitão, estava castigado e falhou este encontro, mas a sua contribuição, ao longo do campeonato, não deixou margem de dúvidas.
Há quatro anos e meio no Lille, Xeka é natural de Rebordosa, Paredes, e conseguiu realizar um sonho. Focado apenas nesta época, o jogador aspira ser chamado à Selecção. Mas com toda esta garra e dedicação, não deverá demorar muito a este jovem paredense envergar a camisola das quinas e a deixar orgulhosa, não só a terra que o viu nascer, mas o seu avô, uma figura que inspirou desde muito cedo o atleta.
Com a braçadeira no braço, o título em França também se deve ao espírito e capacidade de liderança no balneário e dentro das quatro linhas de José Fonte. Titular em 36 jogos e com quatro golos marcados, este é o primeiro título de campeão alcançado, sendo o autor de quatro golos nesta época ao serviço do Lille.
Conhecido como ‘Centralão’, e com 39 anos, o defesa central passou por vários clubes estrangeiros e também joga pela Selecção Nacional. Em pequenino queria ser bombeiro como o avô, mas a bola acabou por ganhar. Aos 13 anos foi dispensado do Sporting, um golpe demasiado duro para um miúdo tão pequeno, mas que, talvez, o tenha alimentado e levado a um reconhecimento internacional.
Foi em Inglaterra que acabou por amadurecer e brilhar e a conquista do campeonato em França foi o culminar de toda uma vida dedicada ao futebol.
Hugo Mota (Paredes), campeão de ‘Swimrun’ em Inglaterra
Hugo Mota é engenheiro da Jaguar e foi campeão de ‘Swimrun’ em Inglaterra, onde trabalha e vive. Nesta prova de resistência, o paredense, com 34 anos, demonstrou ser uma força da natureza. A grande paixão pela natação e corrida realizados em percursos ingremes, vem confirmar que a fábrica e os montes podem ser a conjugação perfeita que levaram Hugo Mota a ser um campeão.
A prova do título, tida como a mais desafiante do mundo, decorreu em Jersey, a maior das Ilhas do Canal da Mancha, que fica entre a Inglaterra e a França.
Nunca é tarde para se apostar numa paixão e Hugo Mota provou isso ao sagrar-se campeão numa modalidade que pratica há pouco tempo. E se a modalidade é recente, já o desporto sempre fez parte da vida deste engenheiro mecânico que era atleta da equipa de Pólo Aquático de Paredes. E foi nesse clube que deixou o coração.
Mas para ser campeão, não basta querer, é necessário empenho. E Hugo Mota divide os seus dias entre o trabalho e os treinos.
Além da tenacidade, o atleta tem como característica a humildade, porque apesar de trabalhar numa das empresas de sonho para a maioria dos engenheiros da sua área, diz que “é um trabalho como outro qualquer” e que “é como estar numa empresa de móveis em Paredes”. A “dedicação e o empenho seriam os mesmos”.
Um dia quer regressar a Paredes, onde está “a sua casa e o seu lugar”, mas, e enquanto isso não acontece, pretende continuar a somar títulos no swimrun.
Conheça os premiados das outras categorias: