Na sequência da transferência de competências dos serviços de limpeza dos centros de saúde para as autarquias, 40 trabalhadoras que operavam naquelas estruturas foram despedidas. Agora, e depois de Penafiel, chegou a vez das operários de Paredes anunciarem que vão para a justiça para contestarem, não só a perda do posto de trabalho, assim como a recusa das autarquias em as manter a laborar.
Recentemente as trabalhadoras manifestaram-se em frente à Câmara Municipal de Paredes para protestarem e tentarem reverter esta situação, o que já tinha sido feito pelas colegas de Penafiel. Na altura, um representante do Sindicato de Todos os Trabalhadores de Empresas Prestadoras de Serviços, o STTEPS, considerou ao VERDADEIRO OLHAR que estas pessoas “são vítimas”, sendo que o Governo e as Câmaras Municipais “têm o dever” de lhes acautelar o futuro.
Em Penafiel o caso já tinha sido encaminhado para a Justiça e o mesmo procedimento terão as trabalhadoras de Paredes.
Recorde-se que, estas funcionárias trabalhavam para empresas externas que eram contratadas pelo Ministério da Saúde, mas os dois municípios optaram por internalizar este serviço.
Na altura, contactadas pelo VERDADEIRO OLHAR, os municípios de Penafiel e Paredes mostraram-se “solidários” com estas trabalhadoras, mas reiteraram que “houve transferência de competências de gestão dos centros de saúde para as autarquias, mas, não dos contratos de serviços de limpeza”. Assim sendo, estas reivindicações “devem ser apresentadas à entidade patronal que está obrigada a garantir estes postos de trabalho no quadro do vínculo laboral vigente”.
Entretanto, já há partidos a pedir explicações ao Governo sobre esta matéria, como é o caso da CDU, como avança o jornal Público. Neste âmbito, já fez chegar seguir uma pergunta para os ministérios da Saúde e do Trabalho, onde questiona se este problema é do conhecimento dos governantes e quais as medidas que vai tomar para integrar esta pessoas. Ainda segundo o diário, o partido não obteve resposta.