“Nenhum Governo do mundo consegue ajudar a suportar uma procura que não está aqui, ao nível do que esteve nos últimos anos, mas é importante fazermos os esforços possíveis para que as empresas possam preservar a sua capacidade produtiva, para que quando a retoma vier, possam responder às encomendas dos seus clientes”. A ideia foi defendida pelo ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, num encontro de empresários realizado, ontem, em Paredes, na Cooperativa de Electrificação de Rebordosa (A CELER).
Foi após a inauguração da nova via, que conta com 1,2 quilómetros, ligando a zona industrial de Rebordosa à A41, que o ministro da Economia procurou explicar, durante a conferência, as formas como o Governo está a trabalhar para “assegurar a sustentabilidade das empresas”, tendo em conta a situação pandémica actual.
Paredes dispõe de 156 quilómetros quadrados e possui 90 mil habitantes. Actualmente, é uma região que está a ser explorada, de forma a fornecer novas oportunidades na vertente da indústria, especialmente às micro, pequenas e médias empresas.
Siza Vieira referiu que a região é um “exemplo de como o país é capaz de conquistar clientes exigentes” e acrescentou que tem demonstrado um percurso significativo no que toca às exportações no sector da indústria.
Tendo em conta a situação pandémica que o país vive, Siza Vieira considerou relevante a contribuição para uma resistência à crise financeira que actualmente atravessamos.
Para justificar esta resistência à crise, o ministro da economia mencionou três hipóteses já existentes de apoio às empresas, como é o caso das linhas de crédito de empresas, a ajuda aos trabalhadores através do sistema de lay-off e ainda o alívio no sector da tesouraria.
No presente momento, existem 20 mil milhões de euros disponíveis para suportar as pequenas e médias empresas ao nível nacional, de forma a auxiliar a retoma das actividades previamente existentes e oferecer a confiança necessária para a retoma de encomendas no sector do mobiliário.
Siza Vieira fez menção ao Plano de Recuperação que existirá nos próximos meses
Siza Vieira fez, de igual modo, menção ao Plano de Recuperação que existirá nos próximos meses e que funcionará em conjunto com os recursos disponibilizados pela União Europeia para corresponder às necessidades da população através de apoios públicos, seja na empregabilidade, seja nas despesas de saúde ou despesas das empresas.
Entre os empresários presentes, surgiram questões relacionadas com a realização de eventos culturais – que de momento não estão a ser realizados devido à pandemia – trazendo prejuízo para a empresa e respectivos colaboradores.
O surgimento da crise financeira no sector do mobiliário fez com que os empresários procurassem implementar regras, meios e anúncios, exaltando a importância da responsabilidade social e procurando reconhecimento por parte de entidades públicas. Estas são algumas das necessidades básicas para a preservação de objectivos sociais e económicos.
“Eu não posso dizer que nós vamos retomar o nível de actividade que tivemos até há poucos meses atrás, nos próximos tempos”, é a resposta do ministro às necessidades proferidas por parte dos empresários, evidenciando que as actividades no sector do mobiliário continuarão a funcionar com medidas complementares específicas.
Até ao momento, já foram implementados vários apoios que procuraram responder de forma rápida e eficaz, dando especial enfoque na protecção de emprego através do lay off – que abrange 864 mil trabalhadores e suporta 70% dos custos salariais – uma medida que perdurará até ao final do presente ano.