Vive a Europa momentos de angústia que a fazem estremecer nos seus passos da tolerância e da solidariedade. A estranheza e o medo que sentimos advêm, na minha opinião, de perceber tal e qual como na ficção de Golding que este medo cresce no meio de nós e que pode mudar a mais cândida das crianças. Encontrar a solução para combater esta tirania dos radicalismos torna-se bem mais complicada quando esse medo tem nomes que conseguimos pronunciar como Edgar, Celso, Fábio e Patrício. E mães que choram como nossas mães de dor sentida e verdadeira. Vivemos um momento complexo e com respostas difíceis para o caminho da humanidade.
Em Paredes vivemos tempos de incompreensão do que deve ser a vida democrática e o respeito pelos autarcas que nas suas freguesias lutam e disponibilizam-se a todas as horas do dia a estar ao serviço das suas comunidades. O ataque que o PS faz ao presidente da Junta de Freguesia de Cete é suez e com um claro objectivo de iniciar aqui a sua intifada radical contra um autarca que em tempos de crise tem beneficiado os seus com obra feita. Precisamente na semana em que terminam as pavimentações da Ponte da Pica à rotunda de S. Pedro (uma obra que também foi possível pela persistência do presidente de Junta), o PS local deixa-se levar pelos radicais do regime que entre as burcas do disfarce “enlameam” tudo e todos só pelo prazer desumano de pensarem que alguém os credibiliza.
Infelizmente o actual presidente do PS vai-lhes dando algum colhimento até ao dia em que essas mesmas burcas o rodearem e o apedrejarem com calhaus de dimensões bíblicas. Aí desejará que, ou melhor, rezará para que os ditos escribas e fariseus assumam a sua condição de pecadores. Reside aqui o seu engano. As sacerdotisas do seu regime são impolutas e na hora verberão sobre as suas precisões no lançamento dos calhaus reforçando que a tal distância do alvo nunca falhariam a sua pontaria, porque é mesmo curta a que os separa do líder do PS/Paredes.
Só este enquadramento posicional justificará que o líder do PS tenha obrigado toda a bancada do seu partido a abandonar a Assembleia só porque entende que deve ser ele a fazer o combate político neste órgão para o qual não foi eleito. É ainda questionável que entenda que o simples esclarecimento de um episódio de trica política, pura e dura, desmereça a mais importante discussão que cabe a este órgão autárquico como a discussão do plano e orçamento. É na discussão destas matérias importantes que os eleitos devem comparecer e não fugir da mesma. Agora certamente apenas vamos perceber a posição do PS/Paredes pelo meio dos ruídos de questionáveis saduceus.