O Bispo do Porto, D. Manuel Linda, emitiu uma nota orientadora às vigararias de Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira, devido ao número crescente de casos de Covid-19 nestes concelhos. A Diocese do Porto adia para finais de Novembro, crismas, comunhões e profissões de fé e indica que casamentos e baptizados também devem ser adiados, à excepção de casos de “justificada urgência”.
“Governantes e autoridades de saúde puseram-me ao corrente de alguns dados de transmissão de contágios da pandemia. Ressaltando sempre que a Igreja tem sido exemplaríssima na organização das celebrações, chamam a atenção, entretanto, às festas sociais que habitualmente se seguem aos grandes acontecimentos religiosos: crismas, primeiras comunhões, profissões de fé, casamentos, baptizados, etc”, descreve o Bispo do Porto.
Solicita por isso às vigararias que, “até decisão em contrário, se mantenham as celebrações das missas habituais e sacramentos inadiáveis, reforçando “as conhecidas medidas de segurança”. “Que nunca haja descuidos“, apela.
A nota indica ainda que se adiem, até finais de Novembro, as celebrações comunitárias de crismas, comunhões e profissões de Fé. “Nessa altura, avaliar-se-á novamente se poderemos ou não remarcar essas celebrações”, refere D. Manuel Linda.
“Os casamentos, baptizados e outras celebrações são momentos de justificado júbilo. Recorde-se, contudo, às comunidades e aos directamente interessados que as celebrações familiares ou em grupo, que habitualmente se lhes seguem, podem transformar-se em ocasião de novas infecções. Por isso, pede-se a compreensão de todos e que, excepto em casos de justificada urgência, se adiem mais algum tempo”, sustenta o Bispo.
“Em tudo o mais, valham as regras do bom senso. E que os sacerdotes e diáconos privilegiem uma função pedagógica e educadora que nos está inerente enquanto guias da comunidade”, conclui no documento emitido hoje.
Recorde-se que o Governo anunciou hoje medidas mais restritivas para conter a pandemia nestes concelhos, determinando o dever de permanência em casa e proibindo celebrações com mais de cinco pessoas.
Segundo as Autoridades de Saúde, relatou ontem o primeiro-ministro, é no convívio social e festas que estão os focos de contágio.