Depois de ter atingido um pico máximo de doentes internados por Covid-19, de 235 pessoas, o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa tem já menos de 190 internamentos ligados ao novo coronavírus e “prevê-se que o número continue a diminuir nos próximos dias, a menos que surja mais alguma situação inesperada de infecção concentrada de grandes dimensões na comunidade e a qual não conseguimos antecipar”, adianta em comunicado o conselho de administração do CHTS. Apesar disso, o centro hospitalar continua a ter o maior número de doentes internados por Covid-19 no país, admite a mesma fonte.

Nos últimos dias foram vários os relatos vindos a público sobre o caos instalado no Hospital de Penafiel. O presidente do conselho de administração pediu mesmo ajuda num email enviado à tutela.

No documento enviado, o CHTS, que integra o Hospital Padre Américo, em Penafiel, e o Hospital São Gonçalo, em Amarante, explica que estão a ser adoptadas várias medidas para conseguir dar resposta ao elevado número de casos. Desde logo a colaboração regional para transferir doentes para outras unidades, assim como a instalação do hospital de campanha do INEM, que “permitiu agilizar melhores circuitos dentro da urgência numa fase crítica que chegou a atingir 800 atendimentos diários, números superiores aos atingidos nos picos da gripe”.

Além disso, adianta o CHTS, entra em funcionamento, este fim-de-semana, uma estrutura exterior de apoio à urgência, com cerca de 500 metros quadrados, “que ficará de modo definitivo ali instalada para auxiliar permanentemente o já habitual grande movimento na segunda maior urgência do Norte do país”. Já num terreno cedido pela Câmara de Penafiel, à entrada do hospital, está a ser instalado um drive-thru para a realização de testes Covid-19. Isso “permitirá um serviço adicional à população e ao mesmo tempo reduzir de modo significativo o afluxo inapropriado aos serviços de urgência, libertando este serviço para o atendimento dos doentes verdadeiramente urgentes”, alega o conselho de administração.

O CHTS admite que durante a pandemia mais de uma centena de profissionais esteve ausente, por infecção ou em isolamento profiláctico, e que embora já tenham sido contratados mais de 150 profissionais “a intensidade e concentração das infecções nos últimos tempos obrigam a que se continuem essas contratações para assegurar o reforço das equipas”.

“O centro hospitalar está ciente do empenho, dedicação e profissionalismo dos seus colaboradores num momento sem igual na história da instituição e tudo tem feito, e continuará a fazer, para que seja possível dar resposta à população, num pico de uma pandemia que não é uma situação normal” e combater um cenário que é “de grande pressão”, conclui o comunicado.