Corpo encontrado no rio Tâmega poderá ser o de homem desaparecido de Rebordosa

Família identificou roupas da vítima

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Antero MendonçaO corpo encontrado no rio Tâmega, em Boelhe, Penafiel, será o de Antero Mendonça, homem de Rebordosa, Paredes, que está desaparecido desde o início do ano. Quem o diz é a própria família que, na noite do último domingo, esteve no local onde o cadáver apareceu. “Temos quase cem por cento de certeza que é ele. Os meus irmãos viram o corpo ainda na água e reconheceram a roupa”, refere o irmão Adelino Mendonça.

O mesmo familiar adianta que a Polícia Judiciária não deixou que os irmãos vissem a cara da vítima e que o reconhecimento oficial só será feito, em data ainda a marcar, na morgue de Penafiel do Instituto de Medicina Legal, para onde o corpo foi levado.

Mas mesmo sem certeza absoluta, Adelino Mendonça já não tem esperança e considera “estranho” o aparecimento do cadáver no mesmo sítio onde decorreram, durante dias, buscas que nada permitiram encontrar. “Foram usados cães da GNR, um barco percorreu várias vezes as duas margens e nunca se descobriu nada. Agora, o corpo aparece no mesmo local?”, questiona.

Por outro lado, Adelino Mendonça chama a atenção para o facto de, “após estar 52 dias na água, o corpo ainda ter as botas e a roupa quase intactas”. “Não é normal e alguém vai ter de nos explicar o que se passou”, avisa.

 

Visto pela última vez no dia 1 de Janeiro

Antero Mendonça, 49 anos, mora com os pais em Rebordosa, Paredes. No primeiro dia do ano, ainda foi à missa e passou por umas bombas de gasolina, onde foi visto pela última vez. Depois desapareceu sem deixar rasto e apenas o carro que conduzia foi encontrado em Boelhe, a poucos metros do local onde agora apareceu o corpo.

A família, que descreve Antero como um “homem bom, tranquilo e que nunca se meteu em problemas”, sempre estranhou o desaparecimento do antigo funcionário de uma fábrica de móveis. Também declinou a tese de suicídio e defendeu que Antero Mendonça poderia ter sido vítima de um crime.