Henrique Barros é natural de Penafiel, estuda Engenharia Electrotécnica no ISEP (Instituto Superior de Engenharia do Porto) e joga basquetebol. Aos 20 anos, foi capitão da selecção nacional de sub-20 que se sagrou campeã europeia na divisão B, pela primeira vez, no passado mês de Julho.
“Foi para todos um sentimento fantástico e, obviamente, um orgulho enorme, porque nunca tinha acontecido antes em sub-20 masculinos, nunca tínhamos ido ao pódio, sequer. É uma coisa de que nos orgulhamos, de fazer história e sempre falamos nisso desde o início do campeonato, de deixar uma marca no basquetebol português e acho que foi o que conseguimos fazer e muito bem”, revela ao Verdadeiro Olhar.
O basquetebol entrou na vida deste jovem aos 11 anos quando, juntamente com amigos, entrou para o Clube de Basquetebol de Penafiel. Gostou da experiência e até agora nunca mais largou este desporto que já lhe trouxe várias alegrias e distinções como o prémio de atleta do ano, na época 2013/2014.
Diz que este desporto “é das coisas mais importantes” que tem na vida e é das que se dedica mais, a par da universidade. Treina todos os dias, até mais do que uma vez, e, por volta dos 16 anos, viu este seu esforço a ser compensado com um convite para integrar a selecção nacional, altura em que entrou também para o F. C. Porto e onde veio também a conquistar o troféu de atleta do ano pela Associação de Basquetebol do Porto.
Com a entrada neste novo clube, conta que começou “a trabalhar mais a sério” e a focar-se mais e “as coisas foram aparecendo”.
Henrique Barros saiu, entretanto, do clube portista e vai agora para o Clube do Povo de Esgueira (Aveiro), na liga principal, além de ter subido um degrau no nível do basquetebol que vai jogar. “Espero que isso me traga novos desafios e que continue a evoluir sempre”, refere.
Em relação ao futuro, pretende continuar a jogar e também a estudar no seu curso, que está quase no fim, referindo que vai guiar-se pelas oportunidades que forem surgindo.
Na família, o jovem penafidelense é o único ligado ao basquetebol, mas não ao desporto. A irmã, de 25 anos, tirou um curso na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto e foi um grande apoio para Henrique Barros. “Foi com ela que treinei muitas vezes e também é muito por causa dela que estou onde estou”, explica.
Já o pai, Renato Barros, comenta que acompanharam sempre todos os jogos, mesmo os da fase de preparação. “Sempre sonhávamos que pudessem ser campeões, mas sabíamos das dificuldades porque as equipas europeias são muito fortes. Mas eles tinham uma muito boa equipa, tinham feito uma fase de preparação muito boa, ganharam os jogos todos também dessa fase. E havia essa esperança, as coisas correram bem, eles esforçaram-se imenso, são um grupo fantástico e foi uma grande alegria para todos”, revela com orgulho.