Perante o início das aulas à distância, na próxima segunda-feira, dia 8, os vereadores eleitos pelo PSD Valongo pediram, ontem, em reunião de executivo, um ponto de situação sobre o empréstimo de computadores aos alunos do concelho.
“Temos conhecimento, com base em informação nas escolas do concelho, de que os computadores não são suficientes para todos os alunos. Queremos compreender o que está previsto para ajudar os alunos, se pretendem ajudar as escolas ou não. Parece-nos uma prioridade neste momento”, defendeu Vânia Penida.
O responsável pelo pelouro da Educação explica que se mantém a funcionar o banco municipal de apoio digital para apoio às escolas, que tem cerca de 1200 computadores. “Mantemos esse banco activo e já fizemos a distribuição dos computadores pelas escolas para serem entregues aos pais”, disse Orlando Rodrigues. O vereador socialista acrescentou que os computadores foram, em parte, os adquiridos em Março, tendo o número estando de acordo com o levantamento feito pelas escolas nessa altura.
“As escolas apresentaram nos últimos dias um valor muito superior a esse. Estamos a entregar os disponíveis, é o que temos neste momento. O que pedimos às escolas foi que indicassem os alunos carenciados e o que percebemos é que em algumas situações não são”, referiu.
A par disso, e à semelhança do que aconteceu na primeira vaga, foram adquiridos 500 hotspots de ligação à internet com plafond para três meses. Um número que está dentro do necessário nesta fase, adiantou.
Orlando Rodrigues salientou ainda que, no caso dos computadores, se trata de um apoio do município, visto que a responsabilidade é do Ministério da Educação. “Foi o Ministério que prometeu entregar computadores no início do ano lectivo para ensino à distância. Depois adiou e prometeu fazê-lo no primeiro período e não entregou. Agora garante a entrega até Março aos alunos carenciados”, descreveu o vereador. “Em Valongo sabemos que os alunos do escalão A e B do ensino secundário já receberam os computadores do Ministério da Educação”, acrescentou.
“Percebo que não é responsabilidade da câmara, mas o que percebo é que vamos esperar até Março. Neste momento não temos condições para ajudar mais os alunos”, contrapôs Vânia Penida.
O presidente da Câmara de Valongo salientou então que a maioria dos concelhos “à volta” nem sequer tem este sistema de empréstimo. “Nós investimos 300 mil euros em computadores” na primeira vaga, frisou José Manuel Ribeiro. “Se o Governo comprou computadores para dar como é que justifico duplicar gastos e comprar mais computadores quando daqui por um mês [os do Ministério] vão chegar às escolas”, questionou José Manuel Ribeiro. “Não é nossa competência. Mas concordo consigo quanto ao atraso dos computadores, é um problema”, realçou.
Já no que toca às ligações à internet garantiu que a situação é diferente e que se forem necessárias mais o município poderá adquiri-las.