São já cinco as mortes devido à COVID-19 no pólo I da estrutura residencial para idosos do Centro Social e Paroquial de Alfena (CSPA), assumiu hoje a instituição. A mesma fonte adianta que há ainda vários internados e a receber cuidados no Hospital São João.

“Lamentamos cinco mortes e reforçamos as condolências às famílias, nesta fase em que até o luto é estranho”, admitem.

Já todos os utentes e funcionários foram testados, no dia oito, mas não são ainda conhecidos os resultados de 11 testes, “por razões que nos ultrapassam”, lamenta a instituição que no passado dia 9 já tinha admitido ter vários idosos e colaboradores infectados.

A instituição tem 133 utentes e 85 trabalhadores.

Num comunicado publicado na página oficial das redes sociais, o CSPA afirma que neste momento os dois pólos de lar existentes vivem “numa situação de extrema oposição”.

“Nas unidades residenciais do CSPA-Pólo 2 todos testaram negativo, enquanto no CSPA-Pólo 1 a realidade é contrastante. Não conseguimos conter a entrada do vírus, a situação foi-se desenvolvendo e está, neste momento, no ponto mais crítico da sua evolução. Temos utentes assintomáticos, outros que inspiram vigilância mais apertada e alguns que, por incapacidade de assistência na nossa estrutura, tivemos que encaminhar ao serviço de urgência e estão agora internados e a receber cuidados no Hospital São João”, explicam.

A instituição diz que a informação sobre o quadro clínico de cada idoso é actualizada pela directora técnica, junto do familiar responsável.

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“No CSPA-Pólo 1, há uma equipa a serviço desde o dia 5 de Abril. O grupo de trabalhadoras está confinado à instituição, para eliminar qualquer hipótese de propagação do vírus. Estão a fazer o melhor que sabem!”, sustenta o centro social.

Apesar de ter seguido as orientações da Direcção-Geral da Saúde, com suspensão de visitas, redução do fluxo de pessoas a circular, afastamento dos utentes, uso de equipamentos de protecção individual e reorganização de equipas, houve uma pessoa a ter os primeiros sintomas positivos de COVID-19 a 29 de Março.

“Pedimos ajuda à Unidade de Saúde Pública do ACeS Maia/Valongo, solicitando 218 testes, para os 133 utentes e 85 trabalhadores que deles cuidam. Queríamos ‘testar, testar, testar’”, garantem. Mas a resposta não foi tão rápida como desejada, apesar de todos os testes terem sido feitos, e havia já utentes e trabalhadoras infectados.

Segundo a instituição, todo o trabalho tem sido desenvolvido em parceria com a Câmara Municipal de Valongo, a Protecção Civil, o ACeS Maia/Valongo, os Bombeiros Voluntários de Ermesinde e a Junta de Freguesia de Alfena.

O boletim diário da Direcção-Geral da Saúde dava conta de 552 casos positivos em Valongo.