Vestidas com t-shirts pretas com a mensagem “Não fiques calado. Diz não ao aterro”, muitas usando máscara, cerca de 1.200 pessoas participaram, ontem, numa caminhada contra o aterro de resíduos não perigosos da Recivalongo, em Sobrado, Valongo.
A população queixa-se dos maus cheiros, das pragas de mosquitos e dos possíveis futuros impactos na água e na saúde causados pelos resíduos ali depositados, que incluem amianto.
A caminhada de protesto contou com nove quilómetros de percurso, com a população a contornar o aterro. Antes foram recolhidas assinaturas numa petição para entregar na Assembleia da República contra a permanência do aterro na localidade.
Recorde-se que, como noticiou o Verdadeiro Olhar, a população está preocupada com os maus cheiros e com a possível contaminação da água e queixa-se que há dias que nem consegue abrir as janelas. O presidente da Câmara, que também já pediu o fim deste aterro, e representantes de todas as forças políticas participaram na caminhada.
A Recivalongo, que explora o espaço, e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) asseguram que tudo funciona dentro da legalidade.