O Centro de Interpretação da Escultura Românica, em Abragão, Penafiel, venceu a categoria “Trabalho de Museografia”, atribuídos, esta sexta-feira, pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM).

Na cerimónia de entrega de prémios, que decorreu no Museu da Marinha, em Lisboa, foi ainda atribuída à Rota do Românico uma menção honrosa na categoria “Fotografia sobre Património”, por uma imagem da Capela de Fandinhães, Marco de Canaveses, da autoria de Egídio Santos.

Foto de Egídio Santos da Capela de Fandinhães

Estes prémios visam “incentivar e reconhecer os agentes e instituições da museologia e do património nacionais, dando visibilidade ao seu trabalho”, explica a ‘Rota’, em comunicado.

Esta é a terceira vez que esta estrutura é reconhecida, sendo que em 2013 a distinção se deveu à qualidade da linha de “merchandising”. Em 2019, foi a vez do Centro de Interpretação do Românico, em Lousada, vencer as categorias “Trabalho de Museografia”, “Aplicação de Gestão e Multimédia” e “Filme”, recebendo, ainda, uma menção honrosa como “Melhor Museu do Ano”.

De salientar que o centro agora distinguido, abriu portas em Julho de 2020 e apresenta uma “reconstituição parcial e hipotética da fachada da vizinha Igreja de São Pedro de Abragão, destruída em 1668”. E foi edificada com base nos “cerca de 70 elementos pétreos, com decoração românica,” descobertos em 2006, “durante os trabalhos do arranjo urbanístico do Centro Cívico de Abragão, em Penafiel”.

Constituído por uma superfície expositiva de 300 metros quadrados, este centro de interpretação oferece também ao visitante a “possibilidade de conhecer o contexto temporal, social e cultural da arte românica, destacando a importância dos pedreiros e escultores na sua materialização”, especifica ainda o comunicado.

A Rota do Românico reúne, atualmente, 58 monumentos e dois centros de interpretação, distribuídos por 12 municípios dos vales do Sousa, Douro e Tâmega. São eles: Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende.

As principais áreas de intervenção da Rota do Românico abrangem a investigação científica, a conservação do património, a dinamização cultural, a educação patrimonial e a promoção turística.