Depois de, esta segunda-feira, o actual executivo da Câmara Municipal de Paredes ter vindo a público denunciar um vasto conjunto de desconformidades nas obras de construção de 13 centros escolares, com obras que foram pagas mas não foram feitas, situação que vão encaminhar para o Ministério Público, o ex-presidente da autarquia, Celso Ferreira, diz não temer qualquer investigação.
“Não tenho receio algum, investiguem o que entenderem. O que os meus serviços me garantiram, na altura, foi que não havia nenhuma ilegalidade. E a mim interessa-me, como ao actual presidente, que seja apurada a legalidade de tudo”, sustenta o social-democrata que liderou o município durante 12 anos.
Segundo Celso Ferreira, o executivo que liderou teve conhecimento destas “observações” aquando do relatório da Inspecção-Geral de Finanças, há cerca de três anos. Os técnicos da câmara, garante, deram, na altura, todos os esclarecimentos durante a auditoria realizada. “Alguém quis agora esconder as respostas dadas pelos técnicos”, critica,dando a entender que o dia em que as desconformidades foram divulgadas à comunicação social, um ano depois das eleições, teve uma clara intenção política.
O ex-presidente garante que, ainda na sua gestão, foram lançados vários procedimentos técnicos para exigir aos empreiteiros reparações nos centros escolares. “É falso que a câmara não tenha exigido isso aos empreiteiros”, frisa.