A violação de regras ambientais junto ao Parque Ecológico nas margens do Rio Ferreira, em Lordelo, Paredes, está a preocupar os deputados do CDS-PP à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu.
Os deputados Álvaro Castelo Branco, Pedro Mota Soares e Cecília Meireles, eleitos pelo círculo do Porto, e Patrícia Fonseca e Abel Baptista, ambos da Comissão de Ambiente, dirigiram ao Ministro do Ambiente uma pergunta com o objectivo de perceber quais são as medidas que o Ministério está a desenvolver para solucionar os problemas ambientais criados pelas descargas da ETAR de Arreigada, “com efeitos devastadores para a fauna e flora do local, bem como ao longo do curso de água”, diz comunicado.
“Tal situação tem vindo a ser denunciada por toda a população afectada, nomeadamente pelo presidente da Junta de Freguesia de Lordelo, que afirma que as regras têm vindo a ser violadas precisamente por quem está obrigado a garantir o seu cumprimento”, argumentam. As descargas desta ETAR significam um “prejuízo socioeconómico avultado”, além de promoverem “a instabilidade hidrológica, perda da matéria orgânica e perda de diversidade biológica, com consequente degradação ambiental do local”, defendem os eleitos do CDS-PP.
Por isso, os deputados questionam: “O Ministério do Ambiente tem conhecimento da situação que têm provocado as descargas efectuadas pela ETAR de Arreigada?”, “Quais são as medidas que o Ministério está a desenvolver para solucionar tal situação?”, “Já foram apuradas as responsabilidades por toda aquela situação?” e “Quais são as consequências, para as entidades obrigadas ao respeito de regras ambientais, para cujo cumprimento são direccionados fundos comunitários, no caso de violação dessas regras?”.
Segundo o comunicado, as mesmas preocupações foram manifestadas pelo eurodeputado do CDS-PP, Nuno Melo, junto da Comissão Europeia, inquirindo se aquele órgão tem conhecimento do que se passa no Parque Ecológico, nas margens do Rio Ferreira, e quais são as consequências, para as entidades obrigadas ao respeito de regras ambientais, para cujo cumprimento são direccionados fundos comunitários, no caso de violação dessas regras.