O CDS Paredes quer saber se a Câmara Municipal já tem na sua posse o parecer da ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos sobre o processo de municipalização dos serviços de água e saneamento em curso no concelho, no seguimento do resgate da concessão.
“Se sim, quais são os termos do parecer e porque não o tornou público? Se não, como avançou para o processo de municipalização e para o endividamento da autarquia sem o parecer da ERSAR?”, questiona a comissão política, aludindo ao empréstimo de 21 milhões de euros que está a ser preparado.
O resgate, defende o partido vai transformar-se “num maior endividamento da autarquia para valores inaceitáveis e cuja justificação ainda não foi fornecida pelo presidente da câmara”.
“O CDS Paredes coloca também a possibilidade de a autarquia possuir já o parecer da ERSAR e não o colocar à disposição dos munícipes por esse parecer não corresponder aos interesses dos socialistas que gerem a câmara de Paredes”, refere comunicado, lembrando que o presidente da Câmara sempre considerou os pareceres “indispensáveis”.
O partido sustenta ainda que não vai pactuar com estes negócios que “a curto prazo para além do endividamento da autarquia irão obrigar ao aumento dos preços da água ao domicílio e dos custos dos serviços de saneamento”.
Contactado, o Município informa que o processo do empréstimo fica concluído no final deste mês e que “no início de Abril, será comunicado à comissão de acompanhamento, onde estão representados todos os partidos, o resultado e fará um ponto de situação sobre o resgate e a criação dos serviços municipalizados”.