Depois de, esta semana, a Câmara de Paredes ter divulgado uma acção de fiscalização da Polícia Municipal aos transportes escolares, o CDS Paredes emitiu um comunicado a censurar “a tentativa de manipulação da opinião pública levada a cabo pelo vereador Paulo Silva, através da sessão de fotografias, onde, em dia de sol, aparece como sargento a comandar e a menorizar a Polícia Municipal, fazendo destes agentes municipais meros instrumentos do poder e tratando-os como se fossem a sua ‘guarda pretoriana’”.
O partido salienta ainda que esta “acção de propaganda política” aconteceu depois de uma denúncia do CDS Paredes sobre o desrespeito da autarquia pelas regras em vigor nos transportes escolares e do perigo de contágio em que diariamente são colocados todos os estudantes do concelho.
No documento enviado à comunicação social, a comissão política do CDS Paredes pergunta à Câmara quantos autocarros a mais em relação a anos anteriores contratou a autarquia para trazer e levar os alunos para as escolas do concelho em tempo de pandemia. “Porque não desmente o facto de, em fiscalizações levadas a cabo pelas autoridades, sem a presença do vereador, em dias de chuva e antes da chegada ao destino, os alunos terem sido obrigados a sair dos autocarros e a deslocarem-se a pé para as suas escolas? Porque não se informa o vereador juntos dos alunos, que são as verdadeiras vítimas desta incúria do vereador e da negligência da autarquia? O vereador da educação sabe quantos alunos estão em casa, sem aulas, por falta de pessoal não docente, mas em vez de cuidar dos nossos alunos e contratar pessoal, prefere ser modelo fotográfico em manhãs soalheiras? O vereador da educação sabe que por via de contagiados, confinados e por isolamento profiláctico, mais de 30% dos nossos estudantes já não vão à escola?”, perguntam ainda.
Ainda em comunicado, os centristas reafirmam a necessidade urgente da contratação de mais assistentes operacionais para as escolas do concelho, assim como de autocarros para os transportes escolares de forma a respeitar a lei determinada pela pandemia.
Contactada, a Câmara de Paredes não quis comentar esta questão.