Na última semana, o concelho de Lousada registou mais 64 casos positivos de Covid-19, ultrapassando os 600 infectados desde o início da pandemia (601). São “aumentos preocupantes, sendo que a tendência de agravamento durante este mês mantém-se alta”, salienta o presidente da Câmara que apela a que cada um faça a sua parte para ajudar a controlar a pandemia.
Segundo Pedro Machado, que cita explicações da Autoridade de Saúde Local, “os dados reflectidos na última semana reportam-se, novamente, a contactos informais entre amigos e ajuntamentos familiares”.
O autarca adianta ainda que “o diagnóstico de muitas destas situações está a ser feito mais rapidamente em virtude da acção junto das escolas”. “Ao ser detectada sintomatologia em alguns alunos, conseguiu-se apurar que a fonte de contágio advém da família, salvo raras excepções. Temos algumas turmas já assinaladas e outras em isolamento preventivo, sendo que todas estas acções estão a ser coordenadas e lideradas pela Autoridade de Saúde Local”, explica.
Numa comunicação pública, o edil sustenta que não se podem “descurar os cuidados que temos de manter, obrigatoriamente”.
“O Agrupamento de Centros de Saúde está a levar a cabo uma forte estratégia de combate com um reforço substancial dos recursos humanos na vigilância epidemiológica. Na área escolar, existem equipas dedicadas em permanência para actuar nos elos de ligação de contágio dos casos positivos e existem novas equipas de vigilância em funcionamento das 08h00 às 22h00. Não obstante, se cada um de nós não fizer a sua parte, todos os esforços dos profissionais de saúde, escolas, bombeiros, GNR, Município e demais instituições, serão inúteis”, sustenta Pedro Machado.
“Compreendo que todos estejamos saturados desta situação, mas temos que ter noção que o pior, infelizmente, ainda está para vir. Se pretendemos que o nosso concelho e o país não volte a parar, porque as consequências económicas disso seriam ainda mais explosivas, não podemos ignorar os comportamentos que todos devemos ter. Não é possível exigirmos às forças de segurança mais fiscalização, quando o cerne da questão está em cada um de nós e na promoção de comportamentos responsáveis. Evite ajuntamentos, reuniões alargadas com familiares e promova a higienização das mãos, uso de máscara e o distanciamento social”, apela ainda.