Após um mês de agosto quente e com a certeza que o meu caro leitor passou bons momentos com a família, na praia e entre amigos, é agora tempo de voltar, com a energia revigorada, à azáfama do dia-a-dia.
Nos últimos dias, a nossa televisão e os seus respetivos noticiários têm sido invadidos pelas rentrées políticas dos diferentes partidos e, claro está, pelos discursos combativos e muitas vezes eleitoralistas dos seus líderes.
No nosso PSD não há eleitoralismos bacocos. A festa do Pontal continua a ser protagonista de todas as rentrées partidárias. Ao Rui Rio reconhecemos a frontalidade e a honestidade nos seus pensamentos e ideias sobre o que acredita ser o melhor para o nosso país, mesmo que isso implique, por vezes, não ser “politicamente correto”. Na verdade, podemos ou não concordar com Rui Rio nas suas observações políticas e socias, mas quando ouvimos o Rui Rio, vemos nele uma total autenticidade e uma frontalidade limpas de truques e de jogos de bastidores. Contudo, sejamos honestos com nós próprios: precisamos de percorrer um longo caminho na tentativa de unir as diferentes ideias internas procurando, unidos, liderar uma oposição forte e fiscalizadora de um governo de esquerda populista. Portugal precisa de um projeto alternativo e com futuro para o país.
No Partido Socialista, a rentrée política ficou marcada pela ignorância e a prepotência de um partido que decide retirar um comboio ao cidadão simples e trabalhador para o alugar aos seus militantes na viagem entre Lisboa e Caminha. São os atrasos diários, as supressões de linhas e horários, as saunas forçadas em comboios seminovos e sem ar condicionado, a falta de limpeza nas estações, a falta de manutenção nos comboios, e claro, o aumento dos custos de bilhetes e passes sociais. São estas as discussões que deviam encher de vergonha o governo e o Partido Socialista, por preferirem o seu proveito pessoal em detrimento de quem luta todos os dias e, naquele dia, não poderá usufruir do seu comboio.
António Costa na sua rentrée vendeu um país que só existe nos sonhos do próprio Primeiro-ministro: vendeu um Portugal sonhado, onde o crescimento económico e social se sustenta na robustez da nossa economia.
Nada mais errado.
O Bloco de Esquerda entrou com a habitual força demagógica. Começaram com um acampamento no interior do país para discutir o malfadado capitalismo e acabaram a discutir uma nova taxa para as transações imobiliárias. Segundo a Catarina Martins e os seus benjamins, como Mariana Mortágua, é para evitar a especulação imobiliária e assim ajudar as famílias.
Nada mais errado.
Se pensarmos que, em última instância, a renda de uma determinada habitação é proporcional ao custo que o imóvel teve, não é difícil percebermos que quem vai pagar as taxas e taxinhas da especulação imobiliária é, mais uma vez, o cidadão comum sem imóveis e sem fortunas. Com efeito, aprovar a taxa de Robles é abrir uma pequena caixa de pandora. Se aplicada ao imobiliário, em pouco tempo, será aplicada ao lucro das empresas, aos mercados de capitais e no final, ao sucesso de cada um de nós.
A proposta do Bloco é ofensiva ao risco e ao investimento e mais uma vez, as ideias peregrinas e ideológicos do Bloco, e dos seus líderes, prejudicam o nosso país e as nossas gentes.
Cada vez mais, precisamos de ser mais ativos na vida política, temos de estar politicamente informados e devemos recusar as ideias sensacionalistas e nacionalistas de partidos que nada de bom auguram para o nosso País.