A Câmara de Lousada vai estabelecer um protocolo com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) para poder fazer obras de reabilitação em 14 casas vazias no Bairro Dr. Abílio Moreira. As habitações serão depois entregues a famílias carenciadas ou usadas como habitação de emergência para vítimas de violência ou até para famílias que têm de estar isoladas de algum elemento infectado com COVID-19.
“Num esforço junto do IHRU e com a total colaboração do Ministério das Infra-Estruturas e da Habitação, foram-nos disponibilizadas as chaves de habitações devolutas no Bairro Dr. Abílio Moreira para que o município possa celebrar um protocolo com o IHRU no sentido de serem realizadas as necessárias obras para que muitas famílias tenham acesso a uma habitação digna”, avança Nélson Oliveira.
Segundo o vereador da Acção Social ele e uma equipa técnica do departamento de Obras do Município já estiveram hoje no local a avaliar a situação das casas. Algumas habitações precisam só de pinturas e pequenos arranjos e outras necessitam de intervenções mais profundas.
O protocolo a estabelecer vai permitir fazer as obras de forma mais célere. “Nós executaremos a obra com financiamento do IHRU. Ainda estamos a orçamentar”, explica o autarca, dizendo que quatro a cinco podem ficar para dar resposta a situações de emergência. Sobretudo serão usadas para dar resposta aos pedidos de habitação social.
Com a ajuda do ministro Pedro Nuno Santos ficou ainda desbloqueada outra situação que se arrastava desde Janeiro e foi aprovada a Estratégia Local de Habitação do Município de Lousada pelo Conselho Directivo do IHRU. Isso permitirá realizar obras no exterior daquele bairro.
Segundo o vereador as famílias sinalizadas como vivendo em casas sem dignidade poderão depois apresentar candidaturas a apoios à reabilitação que podem ser financiados em parte ou na totalidade.
Quando o projecto foi apresentado, havia 440 casos sinalizados.