A Câmara Municipal de Valongo demonstrou, esta quinta-feira, desagrado quanto à forma como a empresa concessionária da A41 está a tratar o caso do aluimento de pavimento que aconteceu sábado em Alfena. Para além do caos instalado no trânsito nas freguesias de Ermesinde e Alfena, a autarquia lamenta que a empresa não tenha prestado informações atempadas.
Por proposta do presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, houve concordância por parte dos vereadores do PSD e da CDU na redacção de uma “moção de repúdio sobre a actuação” da Ascendi. No arranque da reunião de câmara, José Manuel Ribeiro informou os presentes sobre a situação, explicando que havia contactado a empresa no dia do incidente pedindo que se repusesse o piso no troço da A41, situado no limite do concelho de Valongo. João Paulo Baltazar, vereador do PSD, considerou que poderia ser feito mais, lamentando o “caos instalado no concelho”. “Não há alternativa e o nó da A4 em Ermesinde tem sido, nestes dias, um caos”, disse, salientando que a “concessionária não presta o serviço”. O vereador questionou ainda “como será a população indemnizada”. Neste seguimento, o presidente da Câmara de Valongo propôs a aprovação de uma “moção de repúdio”pela actuação da Ascendi quem, neste caso, “não deu cavaco a ninguém”. O autarca informou que as obras já estarão a começar. Desconhece-se, no entanto, quando estará tudo normalizado.
PSD de Alfena sugere a suspensão das portagens de acesso à A4 em Valongo
Entretanto, em comunicado, o PSD de Alfena exige a “reparação da A41 no mais breve espaço de tempo possível – mesmo que seja preciso trabalhar 24h por dia”, sendo que até que a reparação esteja concluída, sugere a suspensão das portagens de acesso à A4 em Valongo (no período em que a A41 esteja condicionada e para que esta sirva de alternativa à entrada da A4, de Ermesinde); bem como a regulação de trânsito atrvés da reprogramação de alguns semáforos em Alfena e a colocação de um Polícia Sinaleiro na entrada da A4 em Ermesinde. Para o PSD de Alfena “foi necessário dar-se um infortúnio para ficar comprovado que para os Alfenenses irem para o Porto, não há verdadeiras alternativas à A41”. Por isso, defendem que neste troço deve haver a suspensão definitiva do pórtico no troço “Alfena – Alfena” na A41, bem como a alteração do pórtico no troço “Rotunda de Alfena – Acesso à A3”, para o local imediatamente a seguir ao acesso à A3, permitindo isentar quem vai de Alfena para a A3, taxando quem quer continuar na A41, em direção à Maia ou Matosinhos.
Recorde-se que o mau tempo provocou, no passado sábado, o aluimento de parte do piso da A41, devido ao colapso parcial de uma travessia de água, no quilómetro 13, em Alfena, no sentido Valongo-Porto. A auto-estrada tem estado cortada desde essa altura. No sentido contrário, o trânsito foi condicionado à via mais à direita, provocando grandes dificuldades na circulação de veículos.