A Câmara de Paredes deve cerca de 600 mil euros à Be Water – Águas de Paredes pela construção de ramais de água e saneamento, denuncia o CEO da empresa concessionária.
“O presidente da câmara sabe que, desde que interpôs o resgate, a responsabilidade da construção dos ramais é do município”, salienta Alberto Carvalho Neto.
Além disso, refere, desde Abril que a concessionária deixou de construir estes ramais o que começa a criar lista de espera.
“Foi dito ao presidente da autarquia, em todas as reuniões, que Abril era o ultimo mês em que íamos ajudar com a construção dos ramais e a partir daí teria de ser a câmara. Que não iríamos continuar a financiar o município”, explica o empresário responsável pela Águas de Paredes.
Segundo Alberto Carvalho neto houve concordância, verbal, do autarca. Mas até agora nada foi feito. “Isto vai começar a dar problemas, há muitos ramais a ficar pendentes e já há reclamações. As pessoas têm vindo pedir esclarecimentos e nós dizemos que estamos a aguardar decisão da Câmara. Os ramais não são da responsabilidade da empresa”, afirma, dizendo que estão em atraso 53 ramais num custo de quase 30 mil euros.
Sobre o que está para trás, garante que já foram enviadas facturas, mas não houve pagamento da autarquia paredense.
Por outro lado, o CEO da Be Water critica a postura do presidente da Câmara sobre o tarifário social, que ainda não está a ser aplicado, e acusa-o de fugir à questão. “Eles nunca deram a lista das pessoas que podem ser contempladas pelo apoio. A câmara acha que esta questão está resolvida com o apoio que estão a dar directamente, mas eu acho que não está e que a população não está esclarecida. Continuam a pedir-nos esse apoio e estamos a reencaminhar para a câmara que é quem tem de dar informação”, refere.
Contactada, a Câmara de Paredes diz que, para já, não presta declarações sobre o tema.