O objectivo já tinha sido avançado em Novembro pelo presidente da Câmara Municipal de Paredes. O município ia fazer um novo empréstimo de médio e longo prazo, no valor de 29 milhões de euros, para liquidar antecipadamente empréstimos antigos, junto da Direcção Geral do Tesouro e Finanças e ao abrigo do PAEL – Programa de Apoio à Economia Local, e poupar nas taxas de juro.
Agora, a autarquia paredense anunciou, em comunicado, que o empréstimo se concretizou.
“Com este novo empréstimo, a amortizar em 20 anos, com uma taxa de juro inferior às anteriores, a Câmara de Paredes acabou com os condicionalismos do PAEL e vai conseguir uma poupança anual no valor das prestações dos empréstimos que paga à banca na ordem de 1,3 milhões de euros”, refere o município em comunicado.
Com esta operação financeira, realça a Câmara Municipal, será possível começar, em 2019, a reduzir a taxa de IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis. Recorde-se que essa tinha sido uma promessa eleitoral que o executivo não conseguiu cumprir já este ano. “Até agora e ao abrigo do PAEL, a Câmara de Paredes, por causa do endividamento excessivo herdado da anterior gestão municipal, estava impedida pela Inspecção Geral de Finanças de reduzir a taxa de IMI, mas a partir deste momento já o pode fazer em 2019”, sustenta a autarquia.
De acordo com a mesma fonte, o plano de recuperação financeira preparado por este executivo liderado por Alexandre Almeida para a autarquia paredense envolve três etapas: a libertação do “garrote” do PAEL; o desbloqueio do acesso aos Fundos Comunitários, visto que o município está ainda impedido de receber fundos comunitários até ao montante de seis milhões de euros pelas irregularidades encontradas na construção dos centros escolares denunciadas pelo relatório do OLAF – Organismo Europeu Anti-Fraude); e cortar nas “gorduras” de funcionamento da Câmara Municipal.