A Câmara Municipal de Paços de Ferreira já reagiu às buscas feitas durante o dia de hoje nos Paços de Concelho, lamentando “a forma inusitada com que decorreu a recolha de documentação e o alarme social causado”.
Em nota de imprensa emitida ao início da noite, a edilidade explica que todo o processo respeitante ao Rio Ferreira foi sempre tratado de “forma absolutamente transparente”, contando ainda com o “empenho dos serviços municipais em resolver o problema da poluição do Rio Ferreira”, elencando que “grande parte da informação e documentação sobre esta matéria consta do processo judicial que o município de Paços de Ferreira intentou no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto contra a empresa que fez o projeto, o empreiteiro que realizou a obra e a empresa austríaca que vendeu a tecnologia”.
A autarquia termina o comunicado sublinhando que “continuará a participar ativamente para que a verdade seja totalmente apurada”, não deixando de lembrar que “neste momento, a ETAR se encontra a tratar cerca de 10 mil metros cúbicos por dia, cumprindo assim o estabelecido no DL 236/98, com exceção do parâmero azoto total”.
Refira-se que, esta manhã, a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP) anuniava uma operação nos Paços do Concelho, tendo em vista a apreensão de documentos físicos, dados e documentos informáticos e outros meios de prova. A ação começou às 07h00 e envolveu meios da GNR e da Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), além do magistrado do MP.
A Procuradoria referia esta manhã que as buscas estavam a ser executadas no âmbito de um inquérito, que se encontra em segredo de justiça, titulado pelo MP de Paços de Ferreira, em que se investiga a prática de um eventual crime de poluição no Rio Ferreira, área do município de Paços de Ferreira, não tendo sido emitidos mandados de detenção.