Os 350 atletas da União Desportiva Valonguense vão poder treinar em espaços desportivos garantiu a Câmara Municipal local que se viu obrigada a interditar o estádio municipal por motivos de segurança.
Em comunicado, o município confirma que, desde terça-feira, os atletas estão a treinar nos dois relvados sintéticos, da escola António Ferreira Gomes, em Ermesinde”, alugados pelo município “e que serão utilizados de segunda a sexta-feira, das 19h00 às 23h00”.
Para além disso, garante a edilidade, também foi disponibilizado “o Complexo Desportivo dos Montes da Costa, também em Ermesinde, que será utilizado para treinos dos escalões de formação da UDV à quinta-feira, conforme pedido pelo clube”, soluções que evitam “transtornos para atletas e famílias”, acrescenta a Câmara.
Para além disso, “ficou também acordado que os jogos de futebol de 11, que os escalões de formação tiverem de jogar em casa, serão realizados no Estádio do Calvário”. Aqui também a Câmara de Valongo se compromete a comparticipar o custo da manutenção desse relvado.
Entretanto, a autarquia anuncia ainda que “vai avançar com uma empreitada de reconstrução do campo do Estádio Municipal de Valongo, cujo investimento está estimado em 700 mil euros”, sendo que depois de concluído o projecto, “será lançado o concurso público, prevendo-se que as obras estejam prontas dentro de aproximadamente um ano”.
Recorde-se que, o estádio municipal foi construído numa zona (Outrela) onde “existiam minas de extração de Ardósia e muitos poços de ventilação dessas minas”. Como a zona foi aproveitada para construir aquela estrutura, acaba por provocar “abatimentos” no piso. A autarquia não deixa de realçar que, esta foi uma “decisão de anterior executivo municipal”.
Apesar de terem sido realizadas “intervenções correctivas pontuais nas áreas que abatem”, não conseguiram evitar os abatimentos que “têm originado depressões pelo que o piso deixou de ser plano o que é propício a lesões”.
Recorde-se que, há dias, a direcção da UD Valonguense veio a publico denunciar esta situação, mostrando-se receosa que este impedimento levasse os seus atletas a procurarem soluções “nos concelhos vizinhos para a prática da modalidade”.