Para resolver o problema de sobrelotação do cemitério de Valongo, a Câmara Municipal aprovou uma alteração ao Plano Director Municipal (PDM) para que possa a avançar a ampliação equipamento.
O terreno de 0,99 hectares, contíguo ao actual cemitério, passará da subcategoria do solo urbano de espaços verdes de uso público para a categoria do solo urbano para espaços de uso especial.
Recorde-se que em Fevereiro do ano passado, a Câmara aprovou a declaração de utilidade pública para avançar com a expropriação com carácter de urgência do terreno para ampliação deste cemitério, um processo que deve custar 345 mil euros.
Com esta alteração do PDM o projecto deve avançar.
Ao Verdadeiro Olhar, o presidente da Junta de Freguesia de Valongo, Ivo Neves, explica que a ampliação do cemitério passará por um investimento de 1,3 milhões de euros que avançará por fases.
“Contempla espaços para um total de 856 inumações, com 288 nichos, 456 sepulturas, 165 ossários e 112 jazigos/capelas e um parque de estacionamento”, adianta.
O projecto inclui ainda a construção de um crematório, no futuro, que aumenta o total do investimento para quase 1,9 milhões de euros.
O cemitério de Valongo há muito se debate com problemas de espaço. A Junta de Freguesia de Valongo já abdicou dos jardins para construir campas e optou por soluções de decomposição aeróbia para rentabilizar espaço.
“Nesta altura a situação está aflitiva. Temos os 51 nichos de decomposição aeróbia que começamos no ano passado quase terminados. Se não fosse isso não teríamos sepulturas disponíveis”, explica o autarca. “Já pedi para acelerarem o projecto porque podíamos ficar sem capacidade de resposta”, sobretudo pela situação de pandemia vivida, testemunha Ivo Neves.
O actual cemitério de Valongo conta com cerca de 1400 campas e jazigos. Mas nas sepulturas da Junta de Freguesia, cerca de 60% do total, não há espaço.