Depois de sete anos de governação socialista, Valongo apresenta demasiadas fragilidades. Sem conseguir dar a um rumo ao concelho e enquanto se avolumam as dificuldades e os desafios enfrentados pela população, José Manuel Ribeiro tem, por culpa própria, um longo caderno de encargos.
Depois de sete anos de governação socialista, Valongo apresenta demasiadas fragilidades. Sem conseguir dar a um rumo ao concelho, o Partido Socialista acumula um conjunto de situações por resolver, enquanto se avolumam as dificuldades e os desafios enfrentados pela população. José Manuel Ribeiro tem, por culpa própria, um longo caderno de encargos.
Comecemos pela Saúde. José Manuel Ribeiro manifestou-se contra o encerramento das urgências do Hospital de Valongo. Foi inconsequente. Para as populações do concelho, em particular de Ermesinde e Alfena, mostra-se necessário um horário de funcionamento do SASU de Ermesinde mais alargado. Já as populações de Campo e Sobrado continuam sem uma real alternativa ao serviço de urgência do Hospital de São João.
Além disso, esta situação é ainda mais gravosa num momento em que, devido à pandemia que vivemos, muitas pessoas procuram evitar a deslocação ao meio hospitalar!
Depois, José Manuel Ribeiro ainda não demonstrou ser capaz de encontrar uma solução para o aterro de Sobrado. Desde logo, demorou demasiado tempo a prestar atenção ao tema. Foi necessária a atenção mediática para que começasse a surgir o interesse pelo tema por parte do Presidente da Câmara; e foi, ainda, necessário que o Ministro do Ambiente, numa eleição interna do Partido Socialista, manifestasse apoio a um adversário de José Manuel Ribeiro, para que este apontasse baterias também ao Ministério do Ambiente. Depois, continua por materializar as consequências das palavras que o Presidente, quando pressionado, profere sobre o tema.
Refiram-se, ainda, as debilidade sentidas no concelho no que concerne aos transportes (com défice de oferta e falhas na cobertura do concelho), à Cultura (sem linha orientadora e com pouco que se veja), bem como à conservação das vias de comunicação e dos espaços verdes (em estado lastimável).
Por fim, mencione-se a gestão da crise pandémica. Já tive a oportunidade de defender neste espaço que José Manuel Ribeiro geriu a fase pandémica sem a frieza que o momento obrigava.
Lancei o repto para o Presidente da Câmara Municipal de Valongo revogar a decisão extemporânea de cancelar todos os eventos no concelho.[1] José Manuel Ribeiro não aderiu a tal repto até ao momento, ainda que a realidade dos factos me tenha dado razão – entretanto já eventos se vieram a realizar no concelho.
A falta de frieza notou-se, ainda, quando os serviços foram encerrados, nomeadamente no que concerne ao atendimento ao público. Efetivamente, foram encerrados o Gabinete de Apoio ao Munícipe e os Espaços Cidadão, remetendo boa parte dos serviços para o online, o que veio desproteger uma parte significativa da população que não tem ou competências digitais adquiridas ou meios para aceder aos serviços digitais.
Com responsabilidades acrescidas na Educação, não poderemos aceitar que a forma de abordar os problemas por parte do executivo camarário se estenda a este setor. O encerramento das escolas deve ser evitado, uma vez que é fator de agravamento das desigualdades sociais. Assim, existe uma responsabilidade acrescida para que a gestão destes equipamentos seja particularmente competente.
[1] cfr. https://verdadeiroolhar.pt/2020/06/15/falta-lideranca-tempos-pandemia/
