A Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária anunciou a detenção de seis homens – cinco serão jogadores de futebol e um membro da claque dos Super Dragões – por suspeitas de corrupção e associação criminosa, crimes enquadrados na lei da corrupção desportiva. Em causa estarão resultados combinados em jogos de futebol.
Segundo a rádio Antena 1, os jogadores detidos são do Oriental, FC Penafiel e Académico de Viseu, clubes da II Liga.
Em comunicado, a direcção do FC Penafiel vaio demarcar-se dos alegados actos, e diz que se trata de um ex-jogador, que representou o clube na época transacta. “No teor das notícias vindas a público são referidos locais onde a investigação da Policia Judiciaria terá feito diligências, não sendo referido em momento algum, o nome de Penafiel sendo inequívoco não houve qualquer contacto com os seus dirigentes nem com os actuais atletas”, sustenta o documento. Repudiando quaisquer actos que possam “falsear resultados desportivos”, o FC Penafiel e os seus dirigentes dizem-se à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento.
No âmbito da Operação Jogo Duplo II foram ainda constituídos outros oito arguidos, diz comunicado da PJ emitido esta quarta-feira. Foram realizadas 16 buscas domiciliárias em diversas localidades do país, designadamente, em Lisboa, Vila Franca de Xira, Ovar, Gaia, Porto, Fátima, Sesimbra, Loures, Santa Maria da Feira, Sanfins e Ermesinde, e, além das detenções, foi apreendido material ligado à investigação.
“Esta investigação, que vem na sequência da operação jogo duplo, 1.ª fase, na qual foram realizadas 31 buscas e efectuadas 15 detenções, respeita à mesma investigação que decorre há cerca de um ano e que tem como objecto o fenómeno da corrupção no desporto como instrumento do ‘match fixing’ de competições oficiais de futebol, traduzido, aqui, em actuações concretas de vários agentes ligados a este desporto”, diz a PJ.
A Polícia Judiciária contou com a colaboração da EUROPOL e a cooperação da Federação Portuguesa de Futebol.
Os detidos serão agora presentes ao Ministério Público para primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.
