CPN Ermesinde (Foto: DR)

O Clube de Propaganda da Natação (CPN) de Ermesinde, em Valongo, pode fechar as portas devido ao “brutal aumento do custo de energia,  sobretudo do gás, e sem o necessário aumento de receitas. Por isso, a direcção daquela estrutura já enviou uma carta à à Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, no sentido de alertar para estas dificuldades e pedir “financiamento, a fundo perdido, e uma ajuda rápida para a instalação de fontes de energia alternativas” e, consequentemente, mais baratas como sejam os painéis solares e as bombas de calor.

Na missiva, a que o Verdadeiro Olhar teve acesso, através do presidente do clube Rui Moutinho, é referido que houve um aumento de mais de 52 mil euros, face ao mesmo período de 2019, antes da pandemia.

Ou seja, nos primeiros três meses de 2019, o CPN gastou mais de 25 mil euros em energia. No primeiro trimestre de 2022, a verba gasta ultrapassa os 78 mil euros, o que quer dizer que houve um aumento de mais de “52 mil euros”, refere o dirigente.

Ora, e como o clube vive das mensalidades dos seus sócios e “alguns apoios da Câmara Municipal e Junta de Freguesia”, o CPN, que contabiliza 80 anos de existência, “está na iminência de encerrar as suas portas e deixar assim mais de 1300 utentes sem qualquer alternativa viável”.

Caso fechem as piscinas, há centenas de crianças que frequentam aquele espaço que “ficam sem aulas”, para além de desaparecer “a componente de competição”, onde militam dezenas de atletas. Já para não falar que também “Ermesinde fica sem qualquer alternativa, porque as piscinas municipais estão encerradas para obras”, exalta Rui Moutinho, na mesma carta dirigida ao Governo.

A terminar, o presidente do clube sublinha que “para além da natação ficam em causa todas as outras actividades desportivas, nomeadamente o basquetebol, uma referência nacional, uma vez que é o clube com mais inscritos na federação da modalidade”.

Porque não tem possibilidades financeiras para instalar equipamentos que possam reduzir a factura energética, como painéis solares e bombas de calor, o clube pede assim apoios ao Governo, caso contrário, “dentro de dias ou semanas” pode fechar as portas por “falta de pagamento” de contas em em dívida ou que vencem a curto prazo.