Os Bombeiros Voluntários de Valongo comemoram, este mês, 126 anos. As celebrações decorrem desta sexta-feira, com um arraial solidário, até domingo.
“Sabores da Retorta” é o nome do evento comemorativo do aniversário, que vai ser realizado no quartel. É um arraial solidário que vai unir gastronomia à música nesta sexta-feira e sábado, a partir das 19h00. O evento é promovido pelo Grupo Dramático e Recreativo da Retorta e as receitas revertem integralmente para os Bombeiros.
No domingo, haverá a formatura geral, o hastear das bandeiras, a missa e uma homenagem, no cemitério, aos elementos já falecidos.
A prioridade deste corpo com 90 bombeiros “é que toda a gente tenha um bom equipamento para que, em situações de emergência, faça a protecção necessária”, explicou Bruno Fonseca, comandante dos Bombeiros Voluntários de Valongo.
No entanto, significa também um elevado investimento. Recentemente, encomendaram mais 30 equipamentos, que se juntam aos 50 já comprados, para que cheguem à totalidade dos voluntários e profissionais. Cada conjunto de calças, botas e casaco ronda os 1.000 euros por pessoa, segundo conta o comandante, sublinhando que é a maior “dificuldade” que têm, mas é um “trabalho contínuo, dia-a-dia”.
A nível de veículos, o comandante refere que o parque de viaturas está quase completo. A frota de ambulâncias é recente e os veículos florestais têm “boa capacidade”.
“Estamos contentes com o povo valonguense, porque têm olhado para os bombeiros de forma diferente. Muita gente ajuda”, revelou Bruno Fonseca. “Mas os bombeiros nunca deviam andar a pedir”, acrescentou, referindo que “tanto o poder local, como o central deveriam olhar de outra forma”.
O comandante acredita que falta motivação e incentivos, a nível nacional, ao voluntário, mas sublinha, no entanto, que a câmara de Valongo aumentou os apoios aos bombeiros, nomeadamente de 4.500 euros para 6.000 euros por mês e passou a pagar os seguros das viaturas e equipamentos de protecção individual.
A 17 de Abril, o município passou a apoiar os prémios das apólices de seguro das viaturas das corporações, com 850 euros mensais, e a aquisição de Equipamentos de Protecção Individual de Combate a Incêndios em Espaços Naturais, para todos os novos bombeiros voluntários. Cada um, segundo referiu a autarquia, custa cerca de 540 euros e inclui fato de protecção florestal (calças e dolmen), botas florestais, capacete florestal, luvas de combate a incêndios florestais, camisola ignífugas e capuz de protecção florestal (cógula).