Os Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa vão comemorar, no próximo dia 30 de Junho, o 81.º aniversário e destacam a importância dos apoios por parte do poder central.
Num contexto de 70 elementos do corpo activo (sendo 16 assalariados) e com despesas mensais que rondam os 26 mil euros, o presidente desta Associação Humanitária, Arlindo Sousa, defende que “falta apoio do Governo”. “Fico magoado porque dos nossos objectivos que tenho traçado para conseguir dar aos nossos bombeiros, vejo que a maior parte deles falham porque não temos condições e recursos”, sublinha o dirigente, referindo que o Governo “tem que olhar para as instituições de solidariedade social e humanitárias, onde trabalha muito voluntariado com um amor à causa que é uma coisa incrível”.
“Estou lá há meio ano e tenho um gosto por aquela casa como se já estivesse lá uma vida inteira porque vejo amor à causa e aí obriga-me a ter amor também para tentar dar tudo o que eles necessitam”, continua, explicando que as ambições “são sempre lutar por mais e melhor pelos nossos bombeiros, que têm sido um bocado esquecidos pelo poder central”.
Segundo Arlindo Sousa, além do apoio da câmara “que ajuda como pode”, se não fosse a “boa vontade da população em geral”, estavam “tramados”. “O que era preciso não era peditório e sim legislar, arranjar formas de os voluntários e não só se sentirem mais apoiados”, acrescenta.
O comandante deste corpo de bombeiros, Adelino Correia, diz que tem “muita pena de oferecer apenas trabalho aos voluntários”. “Quanto melhor servidos estivermos, quanto mais voluntários tivermos, melhor socorro podemos prestar”, remata.
Outra das dificuldades que expressam ao Verdadeiro Olhar está relacionada com o parque automóvel que é “bastante antiquado e é sempre um anseio de qualquer comandante ter veículos novos”, refere Adelino Correia. Arlindo Sousa exemplifica que têm três carros com “extrema necessidade de substituição, com cerca de 700 mil quilómetros”.
No entanto, o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa revela que receberam recentemente um ar condicionado para o salão, que, “nesta altura, é insuportável porque aquece muito”, o que vai dar “outro conforto”.
As celebrações destes 81 anos, “não fugindo à tradição da corporação”, como refere o comandante, vão incluir, da parte da manhã, uma cerimónia onde irão ser promovidos bombeiros e depois será feita a romagem aos cemitérios.
De tarde, será realizada a formatura geral, recepção às entidades e uma pequena cerimónia para entregar medalhas, seguida de um convívio.