Os Bombeiros de Ermesinde e Valongo foram homenageados, esta quinta-feira, num reconhecimento pelo trabalho realizado ao longo de todo o ano mas sobretudo pelo seu papel na área da educação e na formação dos jovens.
Esta foi a forma escolhida pela Câmara Municipal de Valongo para assinalar o Dia Internacional das Cidades Educadoras. 15 soldados da paz, que representaram as corporações do concelho compostas por cerca de 180 elementos, receberam um aplauso colectivo de cerca de 200 pessoas, sobretudo crianças dos seis agrupamentos de escolas do concelho, que se concentraram esta manhã junto aos Paços do Concelho.
“Tudo o que fazemos tem uma dimensão de educação e a educação é o nosso elevador social”, defendeu o presidente da Câmara Municipal de Valongo. José Manuel Ribeiro salientou que a educação está hoje a ser celebrada em vários pontos do mundo e que o município decidiu aplaudir aqueles que, todos os dias, ajudam a população nos bons e maus momentos. “Os nossos bombeiros são uma peça importante nas nossas vidas e no concelho de Valongo sabemos agradecer seja com um sorriso ou com um aplauso”, disse o autarca.
José Manuel Ribeiro pediu aos presentes que reflictam sobre a educação e sobre o papel que muitas pessoas, de forma discreta e anónima, têm nesse domínio, diariamente.
Coube ao vereador da Educação, Orlando Rodrigues, ler o Manifesto dos e das Autarcas da Associação Internacional das Cidades Educadoras. “Entendemos o Direito à Educação como promotor do desenvolvimento humano, social e económico das pessoas e das comunidades e como elemento indispensável para atingir um desenvolvimento sustentável, uma cidadania activa e uma paz duradoura”, refere o documento. “Enquanto governos locais assumimos o nosso compromisso com a educação, uma educação inclusiva e de qualidade ao longo da vida, assegurando que este direito possa efectivar-se sem discriminação alguma e reforçando o importante trabalho educativo exercido por escolas e famílias. Cabe também destacar as propostas educativas inovadoras, de âmbito não formal e informal oferecidas por bibliotecas, museus, centros culturais, de saúde, desportivos, serviços municipais, associações, tecido empresarial, meios de comunicação, etc., que devem complementar e enriquecer a educação formal”, acrescenta.
Este ano o destaque foi para os Bombeiros Voluntários que “desenvolvem um intenso trabalho na área da captação, treino e formação de jovens, ajudando a desenvolver cidadãos e cidadãs socialmente mais responsáveis e a formar homens e mulheres, que expressam um dos mais elevados valores: a solidariedade humana”, refere a autarquia.
Os comandantes das corporações de Bombeiros de Ermesinde e Valongo, Sérgio Barros e Bruno Fonseca, respectivamente, salientam a importância deste reconhecimento para quem, voluntariamente, dá de si em prol dos outros.
“Os bombeiros trabalham todo o ano mas têm uma maior visibilidade na época de incêndios florestais. É bom ver este reconhecimento da população. Eu senti forte este aplauso, até porque tive um ano difícil e andei nos grandes incêndios de Norte a Sul do país. Este ano ficou-me muito marcado”, confessou Bruno Fonseca.
“Este é um reconhecimento que sensibiliza. O trabalho dos voluntários nem sempre é visível mas tem muitos rostos e famílias por trás”, acrescentou Sérgio Barros.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde falou ainda da importante vertente formativa das corporações na educação para uma sociedade mais justa. “Os nossos infantes e cadetes aprendem as regras da sociedade e um conjunto de valores importantes que complementam a educação dada pela escola e pelos pais. Somos uma segunda família”, afirmou. Ideia também defendida por Bruno Fonseca. “Muitas vezes ajudamos a resolver os problemas que trazem de casa”, referiu.
Os Bombeiros Voluntários de Ermesinde contam com cerca de 90 efectivos e os Bombeiros Voluntários de Valongo com 89.