Foi de forma simples que os Bombeiros Voluntários de Lousada assinalaram os 96 anos da instituição. Além da romagem ao cemitério e missa, foi realizado um almoço de confraternização e uma sessão solene onde foram condecorados alguns bombeiros, por “bons serviços”, e três passaram ao quadro de honra.
Entre os projectos para o futuro, afirmou Antero Correia ao Verdadeiro Olhar, o principal é o de construir um novo quartel para a corporação, visto que o actual não tem condições.
“Estamos na luta para adquirir um terreno para o novo quartel. Tem sido um processo difícil. Mas o terreno está escolhido e está a ser negociado”, adianta o presidente da direcção da associação humanitária. Arranjar um terreno próximo do centro com as dimensões necessárias e bons acessos não é fácil, admite, acreditando que estão “no bom caminho”.
Além de comprar o terreno vai ser necessário depois um grande investimento para construir o quartel. “Mal tenhamos o terreno vamos fazer o projecto”, afiança. Depois ode ser apresentada uma candidatura para apoios, mas, de uma forma ou de outra, garante, a obra avança, porque é preciso dar condições aos bombeiros, cerca de 90 no corpo activo, entre homens e mulheres.
“Neste momento os bombeiros estão mal aquartelados e não há espaço para as viaturas”, recorda. Recorde-se que, nos 95 anos da corporação, a Câmara de Lousada se disse disponível para apoiar a obra.
Em termos de viaturas, e porque não se pode investir mais do que se tem, os Bombeiros de Lousada vai para já manter as opções existentes que ainda são suficientes e conseguem dar resposta à população, garante Antero Correia. Mas, em Julho, e para substituir uma viatura de combate a incêndios acidentada que teve perda total, chega um novo veículo, adquirido a expensas da associação humanitária.
À parte isso a corporação debate-se, à semelhança de outras do país, com o aumento do preço dos combustíveis. “Estamos a atravessar um período conturbado. Vamos suportando os custos porque temos, acima de tudo, de socorrer a população”, sustenta o presidente. Com a entrada da segunda equipa de intervenção permanente a serviço, com o apoio do município, estes cinco elementos vieram dar um apoio extra. Ainda assim, salienta Antero Correia, com o aumento do volume de transporte de doentes e o aumento dos combustíveis a situação é complicada. “A factura de combustível face há um ano atrás é quase o dobro”, reconhece.