O Bloco de Esquerda (BE) de Valongo apelida a recente renúncia ao mandato do autarca da Junta de Freguesia de Ermesinde, João Morgado, de pura encenação.
Em comunicado, o partido exige saber os verdadeiros motivos desta saída, já que, “nenhum esclarecimento foi prestado” aquando a reunião extraordinária da Assembleia de Freguesia, ocorrida no passado dia 31 de agosto.
O que se passou naquele encontro traduziu-se numa “representação que pareceu estar orientada apenas para negar o direito dos nossos concidadãos, assim como de todos aqueles que os representam, a obter informações transparentes sobre os motivos que levaram à renúncia do presidente da Junta”, diz o BE.
A reunião não foi mais do que uma “cerimónia de tomadas de posse, com mudanças que incluíram a nomeação do ex-tesoureiro à ascensão de presidente da Junta de Freguesia, após a renúncia da vice-presidente, seguida de uma série de reorganizações de cargos”.
Os bloquista questionam assim esta decisão, tomada “a dois anos do término do mandato”, e num contexo de “maioria inquestionável”. Por isso, exigem ser esclarecidos quanto aos verdadeiros motivos que poderiam ter levado o ex-presidente a sair, que não sejam “uma mudança de rumo em desfavor dos interesses de Ermesinde e dos seus residentes”.
O BE acusa o PS local, que gere o município e também Ermesinde, de estar “mais focado nas manobras políticas e na manutenção do poder do que na verdadeira transformação para o bem-estar dos cidadãos” locais.