O Bloco de Esquerda (BE) de Penafiel acusou hoje, em comunicado, a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa de “uma grave falta de transparência e dever de informação para com o público”.
Em causa está o facto de só agora a CIM ter anunciado aos utilizadores das linhas inter-regionais de transporte público que passam a ter “uma assinatura combinada, com o Andante Metropolitano, da Área Metropolitana do Porto (AMP), permitindo “uma reducção” no preço dos passes, nos transportes realizados entre ambos os territórios.
Apesar de ver “com agrado esta medida”, “importante para muitas famílias”, porque representa uma descida de preços para os utilizadores, o BE não deixa de considerar que este passe já estaria em vigor “no início deste ano”, e questiona porque é que só agora foi tornado público, dizendo que pretende esclarecimentos da CIM e do Governo”.
Contactada pelo Verdadeiro Olhar, a CIM, através do Primeiro Secretário Executivo da empresa, explica que, de todas as operadoras envolvidas, havia um grupo, que servia os concelhos de Lousada, Paços de Ferreira, Celorico de Basto e Felgueiras, que “só agora, conseguiu aparelhos compatíveis de controlo”, ou seja, um sistema integrado para os novos passes.
E para Telmo Pinto “era uma questão de justiça promover todos ao mesmo tempo”.
Por outro lado, vivemos, até há pouco tempo, em período de “pandemia”, sendo que só agora, a partir deste mês de Setembro, é “que é passou a ser permitida a lotação normal dentro dos transportes públicos”. Além disso, “a maioria dos utilizadores habituais usavam meios de transporte próprios, por receio do vírus.
Acresce que, a pandemia, aliada a um período não lectivo, levou a que muitos transportes, que actuavam nas áreas da CIM e da AMP, fossem suprimidos, devido a uma redução “drástica da procura”.
Agora, com o regresso à normalidade, ou seja, os transportes públicos já não têm limitação de viajantes, e porque entramos em período lectivo, e os transportes regressam às carreiras normais, esta medida “faz todo o sentido e vem na altura certa”, porque, reconheceu, “é uma forma de ajudar as famílias e os milhares de pessoas que viajam, diariamente, entre os dois territórios.
Telmo Pinto faz questão de sublinhar que, no último ano e meio, “as operadoras de transportes tiveram avultadas “quebras de receitas”, mas que através de programas de compensação e apoio financeiro, foi possível, pelo menos, “minimizar” alguns desses efeitos nefastos.