Foi aprovada, em reunião de executivo, uma declaração de utilidade pública com carácter de urgência e tomada de posse administrativa de cinco parcelas de terreno, por mais de 100 mil euros, para que possa avançar a segunda fase do Percurso Ciclável de Valongo, entre o Apeadeiro de Susão e a Estação Ferroviária da CP em Valongo. Trata-se de cerca de 2350 metros.
Recorde-se que a primeira fase, entre a Avenida Dr. Fernando Melo e o Apeadeiro de Susão, com uma via ciclável de 2,50 metros, já foi executada.
“A intervenção agora em causa, entre o Apeadeiro de Susão e a Estação Ferroviária da CP em Valongo, é deveras importante para a freguesia pois, estabelece a ligação entre os dois interfaces rodoferroviários de Valongo, unindo ainda ao centro da cidade e aglomerado populacional, escolas, comércio e serviços. O troço em questão, actualmente não oferece condições de segurança e de conforto, quanto às deslocações dos modos suaves pois existem troços sem infra-estrutura própria, ou existente mas exígua e interrompida por outras infra-estruturas, sendo especialmente difícil a circulação em cadeira de rodas, com carrinhos de bebé ou com mobilidade condicionada”, justifica a proposta aprovada.
“Pretende-se com esta intervenção criar um corredor ciclável, associado ao percurso pedonal, que permita a movimentação das pessoas em segurança, de modo sustentável, com dupla função de mobilidade, atravessamento de uma área densamente urbanizada ou poderá também ser parte de uma alternativa ao exercício físico, com a perspectiva de ser ao ar livre.O percurso da via ciclável desenvolve-se sempre nas plataformas de arruamentos existentes, em alguns troços sobre as faixas de rodagem, noutros sobre os passeios e em pequenas extensões sobre zonas actualmente ajardinadas ou em terra”, descreve a mesma fonte.
Esta obra estava prevista no PEDU – Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano do Município de Valongo, tendo sido candidatada a fundos comunitários, “sendo urgente a tomada de posse administrativa dos terrenos em causa, uma vez que parte desta obra se desenvolve sobre os mesmos, sendo mesmo inviável esta obra sem a posse das parcelas”, explica o município.
As expropriações foram aprovadas, sendo a indemnização dos proprietários calculadas em 102.900,73 euros.