Os autarcas dos três municípios que fazem parte do Parque das Serras do Porto, Valongo, Paredes e Gondomar, aproveitaram a visita do ministro do Ambiente, Matos Fernandes, ao local para pedir ao Governo o financiamento necessário para as “tarefas complexas” que se seguem no projecto.
A visita do ministro do Ambiente ao Parque das Serras do Porto começou no concelho de Valongo, na Serra de Santa Justa, com uma visita ao Fojo das Pombas, seguindo pela Azenha e Belói, com paragem na Aldeia de Couce, de onde seguiu para Gondomar, mais propriamente para a freguesia de S. Pedro da Cova para as escombreiras de resíduos tóxicos perigosos. Seguiu finalmente para Aguiar de Sousa, com paragem no miradouro sobre a Serra das Banjas, terminando no parque de lazer da Senhora do Salto, em Paredes.
José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara de Valongo, pediu mais atenção para a ”infraestrutura verde” que são os seis mil hectares do Parque das Serras do Porto. Falamos sempre de auto-estradas e aeroportos, quando no Porto temos um património único”, disse, sublinhando que tem de haver um olhar especial. Celso Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Paredes, pediu ao ministro do Ambiente a confirmação da potencialidade do projecto e “ajuda” para este avançar. “Vêm aí tarefas complexas”, disse, enumerando a necessidade de proceder ao cadastro de toda a área, sendo que no caso de Paredes o trabalho está feito, a criação de condições para avançar com o trabalho científico e a validação do facto de ser no Parque das Serras do Porto onde está o maior património mineiro romano. “Precisamos do compromisso do Governo”, frisou.
Considerando “fundamental” que num espaço como a Área Metropolitana do Porto exista um projecto como o do Parque das Serras do Porto, Matos Fernandes sublinhou o envolvimento das auatrquias em matéria de política ambiental. “Este é um projecto com a vontade política de três autarcas e que a partir de um território magnífico estão a tudo fazer para o tornar mais relevante do ponto de vista ambiental”, disse. Quanto ao pedido de ajuda para o financiamento do projecto, o governante frisou que “não é no prazo de dias que posso dar uma resposta afirmtiva à solicitação dos presidentes de câmara”, explicando que o quadro de comunitário de apoio, nomeadamente o POSEUR é “profundamente centralista”. Mas uma garantia Matos Fernandes deixou: “Em sede de reprogramação do POSEUR, ainda este ano, deixa de fazer sentido que só o ICNF possa aceder a fundos comunitários para a conservação da natureza”, podendo esta ser a via a seguir pelos municípios.