José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Valongo, é um dos autarcas que assinou o ‘Manifesto Porto Sem Portagens’, uma iniciativa de Jorge Machado, advogado e ex-deputado do Partido Comunista Português (PCP), na Assembleia da República. O documento, que surge na sequência da decisão do parlamento de acabar com as portagens em todas as ex-scut, com exceção das localizadas no distrito do Porto, visa “fazer pressão política” junto do Governo, de forma a reverter esta “injustiça”.
Em declarações ao VERDADEIRO OLHAR, José Machado lamenta que se pretendam “eliminar as portagens nas scut dos outros distritos” e que as desta região fiquem de fora, por isso, urge exigir o fim dos pórticos da A4 em Matosinhos, Maia e Valongo, da A28 em Vila do Conde e Póvoa de Varzim, da A29, da A41 e da A42″.
Apesar de reconhecer que a eliminação, em janeiro de 2025, de vários portagens e pórticos das ex scut nos distritos de Braga, Viana do Castelo, Guarda, Viseu Vila Real, Leiria, Faro, Bragança “constitui um importante passo para a
melhoria das condições de vida das populações e uma importante ajuda para o tecido económico”, o advogado reitera a “injustiça face ao resto do país” de terem sido excluídas as localizadas no distrito do Porto.
Assim, Jorge Machado decidiu mobilizar e contactar pessoas no sentido de “assinarem este ‘Manifesto Porto sem Portagens’ com o objetivo de criar pressão política sobre o Governo e a Assembleia da República, a fim de alterar corrigir esta desiguldade a tempo no próximo Orçamento do Estado”.
Para além de José Manuel Ribeiro, (PS), também assinaram o manifesto os presidentes Rui Moreira (independente), da Câmara do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues (PS), de Vila Nova de Gaia, Marco Martins (PS), de Gondomar, e António Silva Tiago (PSD), da Maia.
Do rol de subscritores, constam ainda João Paulo Carvalho, empresário de Freamunde, Paços de Ferreira, do ramo do mobiliário hoteleiro, a ANTRAM – Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias, Filipe Pereira, coordenador da União de Sindicatos do Porto, António Silva, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Valadares, a Agros – União das Cooperativas de Produtores de Leite, e a Horpozim – Associação Empresarial Hortícola da Póvoa de Varzim, entre outros.
Recorde-se que, a semana passada, o PSD Paços de Ferreira também veio a público exigir a eliminação destas portagens, sobretudo a A41 e A42, tendo anunciado que iria lutar pela “defesa intransigente”, não só do seu município, mas da região do Vale do Sousa”, contra aquilo que apelida de “tratamento desigual”, considerando ainda uma “injustiça” que estas vias continuem a ser pagas.