Aumento do preço dos combustíveis traz “dificuldades acrescidas às empresas”, alerta AEPF

Associação Empresarial de Paços de Ferreira pede apoios e medidas “urgentes” e avisa que falências poderão ser “inevitáveis” , estando em causa “milhares de postos de trabalho”

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A Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF) afirma que é “com grande consternação” que assiste à subida dos preços dos combustíveis no país, algo que traz “dificuldades acrescidas” às empresas e deixa alguns avisos.

O tecido empresarial é “a força motriz da economia portuguesa” e sem ele será difícil “repor o crescimento económico sustentado” proclamado no Plano de Recuperação e Resiliência. “Devem ser concedidos apoios reais à recuperação das empresas e tomadas medidas urgentes que lhes permitam crescer de forma sólida e estruturada, pois só assim será possível levar a cabo a missão de ‘Recuperar Portugal’. Caso contrário, as empresas não terão capacidade de resposta e as falências serão inevitáveis, provocando prejuízos socioeconómicos irreparáveis para o nosso país”, defende comunicado da AEPF.

A Associação lembra que Paços de Ferreira é uma “zona tipicamente industrial, albergando um grande número de trabalhadores não só no ramo do mobiliário, como também no têxtil e na metalomecânica”. Alega ainda que a indústria “é um dos sectores com maiores consumos de energia e de combustíveis, bem como com maior dependência dos mesmos” e que “estes aumentos vêm trazer dificuldades acrescidas às nossas empresas”.

Durante a pandemia, as empresas associadas da AEPF foram “exemplos de força e resiliência” e conseguiram adaptar-se, mas “nos últimos meses, os empresários têm sido constantemente fustigados por medidas que põem em causa não só o crescimento económico, como também a sobrevivência das suas organizações e, consequentemente, milhares de postos de trabalho”. “Questões como o fim das moratórias, a falta de matéria-prima, que inevitavelmente provocou um aumento do preço da mesma, e os aumentos nos custos da energia e dos combustíveis retiram força a um sector que nos últimos anos tem contribuído não só para dinamização e para o crescimento da economia nacional, como também para a presença internacional do nosso país”, sustenta a Associação.

Está posição surge no dia em que o Governo anunciou algumas medidas para mitigar o aumento do custo dos combustíveis.