O Governo vai aumentar o capital estatutário dos hospitais da região Norte. Segundo a Administração Regional de Saúde do Norte foi já para publicação em Diário da República o Despacho da Secretaria de Estado do Tesouro que prevê a alocação de mais de 500 milhões de euros às diferentes unidades hospitalares do país, sendo 156 milhões de euros destinados aos hospitais do Norte.
“Com este esforço financeiro, não só vai ser possível aos conselhos de administração
saldarem grande parte da dívida, durante anos acumulada, como, a par do aumento da
eficácia e eficiência subjacente, prestarem mais e melhores cuidados, requalificando e
ampliando, em caso de necessidade, instalações e serviços e alocar novos recursos”, sustenta a ARS Norte.
O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa congratulou-se, hoje, com um aumento de capital social em 4,6 milhões de euros. “O aumento do capital social, que se verificará também com outras unidades de saúde permitirá cumprir o espírito do despacho que é a redução de pagamentos em atraso a fornecedores das entidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, explica nota de imprensa do CHTS.
“Além da redução da dívida e de garantir a sustentabilidade este aumento de capital cria margem de manobra para o CHTS continuar a investir em mais meios que permitam melhorar a sua eficiência operacional e a adequação dos recursos disponíveis”, sustenta a mesma fonte, recordando investimentos que estão a ser realizados pelo centro hospitalar, em áreas como a eficiência energética (5 milhões de euros) e em contratações de novos médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e assistentes operacionais.
“Este aumento de capital ajudará a minimizar o desinvestimento feito na saúde em geral, e do qual o CHTS não foi excepção durante o período de intervenção da Troika. Esta ‘prenda’ de ano novo vai contribuir para aumentar e melhorar os cuidados prestados”, defende o presidente do conselho de administração do CHTS, Carlos Alberto, citado em comunicado.
Os responsáveis do CHTS salientam ainda que este aumento de capital é “uma boa notícia” já que servem uma população de 520 mil pessoas de 12 concelhos e o centro hospitalar tem “uma tremenda pressão ao nível do serviço de urgência que é o maior do Norte a seguir ao S. João e a quarta maior urgência do país”.
