Dificuldades técnicas, sobretudo na intervenção no interior do Túnel de Caíde, levaram a atrasos na concretização das obras na Linha do Douro, pelo que a circulação rodoviária entre Caíde de Rei, em Lousada, e Marco de Canaveses, continuará encerrada até ao final do mês de Março.
Segundo a Infraestruturas de Portugal (IP), “dificuldades técnicas derivadas das condições geotécnicas existentes, nomeadamente no interior Túnel de Caíde” levaram a que o “ritmo de execução dos trabalhos inicialmente previsto” fosse “prejudicado”.
A IP diz que a situação só foi identificada com o desenvolvimento da obra e que, quer os operadores ferroviários como as autarquias e associações de utentes e empresariais da região já foram notificadas do atraso.
“Após a reabertura à circulação, e durante um período de cerca de um mês, decorrerão os testes relativos à electrificação. Estes testes são realizados sem afectar a circulação ferroviária em modo diesel”, explica a mesma fonte em comunicado. “A circulação dos comboios com tracção eléctrica apenas será possível após a conclusão dos ensaios e certificação da catenária”, acrescenta a IP.
A obra de conclusão da Electrificação e Renovação Integral de Via no troço Caíde – Marco de Canaveses em curso visa a melhoria das condições de segurança, circulação e serviço na Linha do Douro. Trata-se de um investimento de cerca de 10 milhões de euros que envolve além da electrificação, a intervenção nos Túneis de Caíde, Gaviara e Campainha – beneficiação, reforço estrutural, impermeabilização e rebaixamento para colocação da catenária -; a renovação integral da super-estrutura da via (carril, travessas e balastro); e o prolongamento das plataformas de passageiros nos Apeadeiros de Oliveira e Recesinhos e reposicionamento da plataforma na Estação de Livração.
A empreitada que está a ser executada no troço com cerca 14,4 quilómetros de extensão, entre Caíde – Marco de Canaveses, integra o projecto de modernização da Linha do Douro, numa extensão total de 58 quilómetros entre Caíde e Régua, que a Infraestruturas de Portugal está a desenvolver no âmbito do plano de investimentos na Rede Ferroviária Nacional – Ferrovia 2020.