Nove associações de Freamunde assinaram um manifesto apelando à criação de um centro cultural na freguesia. O documento, dizem em comunicado, já foi entregue, no início de Março, à Câmara Municipal de Paços de Ferreira e à Junta de Freguesia de Freamunde, assim como “aos partidos com representação concelhia”.
O manifesto foi subscrito pela AALF – Associação de Artes e Letras de Freamunde, AJAF – Associação Juvenil Ao Futuro, Associação Cultural e Recreativa Pedaços de Nós, Associação de Criadores de Capão de Freamunde, Associação Musical de Freamunde, Associação Sebastianas de Freamunde, Associação The New Party Makers e pelo Grupo Folclórico de Freamunde e GTF – Grupo Teatral Freamundense.
No documento, as associações lembram que a cultura “é um activo patrimonial” de Freamunde e “merece ter um maior investimento nos próximos anos e nomeadamente um espaço a ela dedicado – um Centro Cultural”.
“A produção cultural em Freamunde ultrapassa as cinquenta actividades anuais o que justifica uma atenção pública a esta freguesia para dar resposta a uma ambição que vem de longe de várias associações que pensam no futuro. Sabemos que este futuro apresenta-se condicionado pela falta de infra-estruturas para produção cultural. Recorde-se que foi apresentada uma candidatura em anos passados para a construção de um espaço cultural e que mereceu o acolhimento da Junta de Freguesia de Freamunde, da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, do Governador Civil do Porto, e de todas as forças políticas”, justificam, apelando a que se retome este consenso da altura num fase em que se pode decidir que opções tomar em sede de investimento.
“Dando cumprimento às aspirações e necessidades vimos propor a criação de um Centro Cultural dotado para dar resposta às actividades desenvolvidas ao longo do ano. Freamunde precisa de um Centro Cultural que apresente propostas e estímulos para uma vivência cultural de qualidade, eclética e com equidade. O turismo cultural é uma realidade, e este pode e deve ser a forma de conciliar todas as mais-valias que a cidade tem e apresenta. Compatibilizar a gastronomia (Capão à Freamunde) a hotelaria, a indústria e um forte programa cultural, trará visitantes à cidade e ao concelho potenciando a economia local”, defendem os subscritores do manifesto.
Dizem ainda que este novo espaço deve “ser moldado de modo a acolher a maior diversidade cultural e artística possível”, permitindo a realização de espectáculos, concertos, congressos, seminários, convenções, eventos corporativos e sociais, cursos, workshops, acções de formação, exposições.
“Estamos certos que a existência desta infra-estrutura permitirá o aparecimento de novos públicos e novas opções culturais que permitirão oferecer uma agenda cultural diversificada, democrática, promotora da integração cultural e uma referência de criatividade na região do Vale do Sousa”, argumenta o documento.
Estas associações dizem-se ainda “disponíveis para colaborar de modo a delinear o projecto financeiro e societário que dê garantias de um Centro Cultural economicamente viável”.
