Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

O presidente do conselho de administração da União das Mutualidades Portuguesas (UMP) visitou, esta quinta-feira, a Associação de Socorros Mútuos e Fúnebre do Concelho de Valongo.

Luís Alberto Silva lembrou que o movimento mutualista português envolve cerca de um milhão de associados e mais de 2,5 milhões de beneficiários em Portugal, mas diz que tem a ambição de o fazer crescer ainda mais. “Sonho chegar aos cinco milhões de beneficiários. O movimento mutualista não se restringe à previdência social e saúde, é muito mais que isso”, salientou.

O dirigente visitou a sede da Associação de Socorros Mútuos e também o centro de dia, um investimento de meio milhão de euros inaugurado há menos de um ano e que já conta com lotação máxima.

“O movimento mutualista, para continuar a acompanhar os tempos, precisa de rejuvenescer”

Depois de algumas divergências internas que levaram à demissão do anterior presidente, a direcção da Associação de Socorros Mútuos e Fúnebre do Concelho de Valongo está a ser liderada pelo jovem André Machado Alves.

A instituição, com 119 anos, uma das mais antigas do concelho, conta actualmente com um centro de dia, continua a dar apoio no pagamento dos funerais, tem um consultório dentista com desconto para associados e protocolos que dão descontos nas farmácias a quem é sócio.

Segundo o novo presidente, a Associação tem quase 13 mil sócios, um número que se tem vindo a manter, e emprega 20 funcionários. Para o futuro, os projectos passam por aumentar o número de sócios e por estudar a possibilidade de avançar com um serviço de apoio domiciliário. “Estou a começar, é um processo novo. Estamos a fazer melhorias e mudanças, sobretudo no centro de dia. Queremos cativar mais sócios e dar a conhecer a instituição ao concelho”, explica. Ser jovem pode ser mais-valia e ajudar a trazer novas ideias, admite André Machado Alves.

Ideia também defendida pelo presidente da União das Mutualidades Portuguesas, que tem vindo a apostar no rejuvenescimento do movimento mutualista e na sua comunicação para o exterior.

“A KODAK teve um grande império na fotografia, mas os seus responsáveis não acompanharam a evolução e a empresa está em declínio. O movimento mutualista, para continuar a acompanhar os tempos, precisa de rejuvenescer”, defendeu Luís Alberto Silva.

“Quando cheguei encontrei sobretudo pessoas com 70, 80 e 90 anos e a grande maioria homens. Foi pelo meu apelo que se juntaram mais mulheres aos órgãos associativos das instituições”, acrescenta o presidente da UMP.

Também é fundamental para o desenvolvimento do movimento que os jovens absorvam a experiência e conhecimento dos mais velhos, algo que está a acontecer em Valongo. “Quanto mais forte ele for aqui na instituição mais forte o movimento mutualista será. É importante dar-lhe confiança e ânimo e mostrar disponibilidade total, dando orientações sobre o que é o cargo de presidente”, referiu.

O dirigente tem feito visitas a várias mutualidades de todo o país para conhecer as suas preocupações, trocar impressões e acompanhar o seu trabalho.