Os Bombeiros Voluntários de Entre-os-Rios têm uma nova direcção. As eleições decorreram no passado sábado, tendo como candidata uma lista única presidida por António Fontes.

O novo dirigente regressa à corporação depois de um longo historial de mais de 25 anos de ligação à associação humanitária a que já presidiu, durante 17 anos, e da qual até já foi comandante.

António Fontes promete uma liderança “responsável, sensata e séria” e afirma que quer “ser uma solução e não um problema”. O principal objectivo é conseguir a sustentabilidade financeira da corporação.

 

Presidiu à corporação durante 17 anos

Este ex-bancário, reformado, de 68 anos tem uma longa ligação aos Bombeiros Voluntários de Entre-os-Rios, de mais de 25 anos em que ocupou vários cargos. Em 1983, foi pela primeira vez presidente da direcção, função que acumulou com a de comandante, durante um ano, numa solução transitória. Pacificou a instituição e não se recandidatou. Depois voltou e ficou entre 1990 e 2006 como presidente. Nesse período de 17 anos liderou processos importantes como o da construção do novo quartel. “Inaugurei a obra e só lá estive oito dias, depois fizemos logo eleições”, recorda António Fontes.

Seguiu-se um período de afastamento dos órgãos sociais de quase 10 anos. “Achei que tinha fechado um ciclo e que me devia afastar. Até que um grupo de associados apelou ao meu regresso”, explica. Aceitou candidatar-se mais uma vez. Foi o único a apresentar uma lista. Dos 110 votantes que foram às urnas no sábado, 105 votaram na lista A, quatro votaram em branco e houve ainda um voto nulo.

Apresenta uma direcção renovada, composta por “pessoas simples” e “com experiência”, muitas delas que já integraram os órgãos sociais no passado.  “Já trabalhei com a maioria”, refere António Fontes. Na direcção tem como vice-presidente José Pinheiro e como tesoureiro António Clemente. O conselho fiscal será presidido por Manuel Maioto e a Assembleia Geral por Joaquim Rodrigues.

 

Situação financeira dos Bombeiros será prioridade

“Quero ser uma solução e não um problema”, garante o novo dirigente. Para já desconhece qual a verdadeira situação financeira da instituição, e só depois de tomar posse a poderá avaliar, mas o recém-eleito presidente adianta que a sustentabilidade financeira da corporação será a prioridade da sua direcção. “Os bombeiros vivem situações financeiras difíceis e vamos procurar solucionar os problemas e gerir com responsabilidade e de forma sensata e séria”, afirma.  Por outro lado, António Fontes promete que a sua direcção será mais presente que a anterior e vai contribuir para a pacificação da instituição. Para já deixa algumas críticas ao Estado, que “muitas vezes explora a generosidade dos bombeiros” que têm que “andar a mendigar para resolver pequenas questões”.

O prazo para a tomada de posse é de um mês e termina a 5 de Janeiro.