O presidente da Câmara de Paços de Ferreira admitiu, hoje, à margem das cerimónias que assinalaram os 186 anos de elevação a concelho, que o investimento de cinco milhões de euros feito nas obras de reabilitação e ampliação da ETAR de Arreigada foi “insuficiente” para as necessidades e para evitar a poluição que o equipamento causa no Rio Ferreira.
Humberto Brito avançou ainda, quando questionado pelo Verdadeiro Olhar, que está a ser delineada uma intervenção, em conjunto com o Ministério do Ambiente, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e a Agência Portuguesa do Ambiente para “resolver definitivamente” este problema ambiental.
O autarca já tinha dito no discurso que haveria um reforço financeiro por parte do Governo e que a ETAR de Arreigada seria “alvo de uma significativa e expressiva ampliação”.
Acrescentou depois, sem apresentar dados muito concretos, que “irá haver um montante significativo que ultrapassará os 15 milhões de euros para o investimento que é necessário fazer na ETAR” e que se tratará “de uma ampliação da ETAR existente”. “Vamos aproveitar o que foi feito, na certeza de que o que foi feito é insuficiente para resolver definitivamente o problema. Estas entidades estão todas de acordo que é necessário fazer um investimento expressivo. Os cinco milhões de euros não foram suficientes e é necessário investir ainda mais”, frisou Humberto Brito.
O edil referiu ainda que esta é uma questão “complexa” que está também a ser tratada do ponto de vista jurídico.
Recorde-se que, no início de Outubro, o presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, já tinha adiantado que os dois autarcas, de Paredes e Paços de Ferreira, iam pedir verbas ao ministro do Ambiente para fazer um “investimento de raiz” que resolvesse o problema causado pela ETAR de Arreigada. Explicava ainda que deveria ser necessário um investimento superior a cinco milhões de euros.