A Ambisousa – Empresa Intermunicipal de Tratamento e Gestão de Resíduos Sólidos, que gere os aterros sanitários de Lustosa, em Lousada, e Rio Mau, Penafiel, contratou uma empresa de falcoaria para o “controlo de gaivotas” nestes espaços de deposição de resíduos.
Segundo a empresa intermunicipal, os “trabalhos são levados a cabo com recurso a homem com ave de rapina e meios sonoros de espantamento”. “A empresa contratada tem uma vasta experiência nesta área e tem desenvolvido a sua acção em diversos vários aterros no país. Para além do incómodo causado às populações, não há indícios de que as gaivotas provoquem quaisquer danos ou riscos para a saúde pública”, garante o presidente do conselho de administração da Ambisousa, Antonino de Sousa.
O também presidente da Câmara Municipal de Penafiel explica que o aterro sanitário de Lousada, localizado em Lustosa, já é afectado pela presença de gaivotas há vários anos, “sendo que por diversas vezes a Ambisousa se socorreu de serviços de falcoaria para atenuar esta situação”.
No caso do Aterro Sanitário de Penafiel, em Rio Mau, a presença de gaivotas “em número significativo” é uma novidade, assume. Mas nos finais de Novembro de 2019 “surgiu um bando de cerca de 50 aves”.
Antonino de Sousa acredita que as tempestades que assolaram o país nos meses de Novembro e Dezembro terão contribuído para o avanço das gaivotas para o interior, assim como “as acções desenvolvidas pelo Conselho Metropolitano do Porto, no âmbito do plano para controlo de gaivotas, em cinco municípios do litoral da área metropolitana”.
“A solução encontrada para combater a presença de gaivotas nos aterros sanitários passou pela contratação de uma empresa de falcoaria, já com larga experiência de actuação em aterros sanitários”, justifica o presidente da Ambisousa.
Nas últimas semanas têm sido vistas centenas de gaivotas no conjunto dos dois aterros.
Apesar de garantir que não há perigos para a saúde pública, a presença dos animais levanta preocupações junto das populações. “A preocupação com as gaivotas é cada vez maior. Há muita gente a queixar-se em relação aos telhados devido às fezes. Enquanto tivermos aqui o aterro vamos continuar a ter este problema, e se calhar agravado”, acredita o presidente da Junta de Lustosa. “A população está preocupada com a presença do aterro e das gaivotas em Lustosa. São centenas, e quando estão a descarregar os camiões parecem moscas a atacar os resíduos”, atesta Armando Silva.
“O problema aqui começou há cerca de um mês. Antes vinham algumas, agora são dezenas. Concentram-se no aterro, mas descem para o Rio Douro”, refere Manuel Soares, presidente da Junta de Rio Mau. “As pessoas preocupam-se com as questões de saúde. Mas desde que começou a intervenção da Ambisousa as gaivotas já têm diminuído”, adianta o autarca.