Ao todo, são cinco os projectos de alunos de estabelecimentos de ensino de Penafiel e de Paredes, que vão estar presentes na 13ª Mostra Nacional de Ciência, desde esta quinta-feira até ao próximo sábado, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.
Da Escola Básica e Secundária de Pinheiro, em Penafiel, há dois projectos, um sobre Biologia, com alunas do 12º ano, e outro da área da Matemática.
“Contra a coceira”, elaborado por Cristina Cunha, Regina Cunha e Marta Pinto, pretende “alertar a sociedade portuguesa para a dengue”, educar sobre as diferenças entre os mosquitos comuns e os transmissores desta doença e tem como objectivo “obter uma solução para que haja uma diminuição na reprodução deste insecto”, segundo a descrição do projecto.
No âmbito da Matemática surgiu o projecto “Química da Matemática: comemorando 150 anos da Tabela Periódica”, dos alunos António Cunha, Catarina Sousa e José Lopes.
Ainda de Penafiel, Valentino Carneiro, aluno da Escola Secundária, participa nesta mostra com o projecto da área da Engenharia, “Mystic Flower Project – Barcos autónomos não tripulados”.
Já inserido na disciplina de Química, Nuno Ferreira, Sérgio Gama e Tiago Brandão, do Colégio Casa-Mãe (Paredes), elaboraram um refrigerador automático de bebidas portátil, o “Refresh Express”.
Ana Rita Ferreira, Margarida Silva, Teresa Dias e Henrique Sousa, também do Colégio Casa-Mãe, criaram uma “Pilha electroquímica”, focando-se “na manipulação osmótica que os micro-organismos bacterianos desenvolvem no meio líquido”, segundo o resumo do projecto.
Nesta mostra, estão presentes os melhores 97 projectos, os quais envolvem 247 jovens cientistas, de 43 instituições de ensino de todo o país. Estarão também presentes projectos internacionais de Espanha e Moçambique.
Estes jovens são coordenados por 67 professores participantes e concorrem a um valor global de 50 mil euros em prémios, distribuídos entre valores monetários (10 mil euros) e participações internacionais (40 mil euros), no âmbito da 27ª edição do Concurso de Jovens Cientistas.
Pretendem “promover a realização de projectos científicos inovadores nas escolas, incentivar o empreendedorismo qualificado e favorecer o aproveitamento económico do conhecimento científico e tecnológico”. De acordo com Carla Mouro, presidente executiva da Fundação da Juventude, “o desenvolvimento e a inovação científica devem começar nas escolas”.
A escolha dos melhores trabalhos cabe a um júri coordenado pela Ciência Viva, do qual participam professores, investigadores e personalidades de reconhecido mérito das diferentes áreas científicas envolvidas, segundo explica o comunicado da organização. Os projectos que vão representar o país em competições europeias e internacionais de ciência são seleccionados pela Fundação da Juventude, promotora do evento.