Os rostos são conhecidos. Nas prateleiras do Sítio das marionetas, patente na Festa do Brinquedo, em Alfena, estão os famosos Egas e Becas, o Sapo Cocas ou até a Miss Piggy. São fantoches, feitos essencialmente de esponja e são fruto de um hobbie de Maria de Belém, residente na Maia, e do marido.
Tudo começou há cerca de 10 anos. “O meu marido é professor de Educação Visual em Baltar. Não gosta de estar parado e começamos os dois numa brincadeira a fazer estes bonecos como hobbie. Até que uma amiga disse ‘porque é que não vão a uma feirinha tentar vender’”, resume. Foi o que fizeram. E a partir daí têm participado em feiras de artesanato e também vendem online através de uma página da rede social Facebook.
Está pela primeira vez na Festa do Brinquedo. Os fantoches são feitos de esponja, de tecido ou até de pêlo. São inspirados em desenhos animados e filmes de animação. “As pessoas às vezes dão ideias e fazemos. E tentamos fazer coisas diferentes de ano para ano, para pormos a imaginação a funcionar”, explica Maria de Belém.
Desta vez são sobretudo figuras dos Marretas e da Rua Sésamo. “Normalmente as pessoas gostam dos nossos bonecos porque são muito coloridos e interactivos, fáceis de manipular e dão para fazer expressões. Os miúdos acham piada”, garante. Vende para crianças, normalmente os mais pequenos, mas também para professores, educadores, animadores e grupos de teatro. “Também trabalho para esse tipo de público que depois usa os fantoches para teatrinhos para os mais novos”, aponta.
Maria de Belém defende que faz falta valorizar o brinquedo. “As crianças precisam de ser incentivadas a brincar. Estão muito ligadas aos telemóveis, internet e jogos virtuais. É preciso brincar com brinquedos, coisas físicas. Precisam de desenvolver a imaginação e isto também ajuda”, acredita.