Foto: Freepik

Em 2021, havia em Portugal 292.809 indivíduos com 10 ou mais anos que não sabiam ler nem escrever, o que corresponde a uma taxa de analfabetismo de 3,1%, diz o Instituto Nacional de Estatística (INE) com base nos dados do Censos2021. Trata-se de um decréscimo de 2,1 pontos percentuais relativamente a 2011, em que a taxa era de 5,2%, acrescenta a mesma fonte. Na maioria dos casos eram mulheres.

Existem analfabetos em todas as regiões do país, sendo que o Alentejo manteve-se como a região com o valor mais elevado (5,4%) e a Área Metropolitana de Lisboa a região onde a taxa de analfabetismo tem menor expressão (2,0%).

Para o INE, um analfabeto é “um indivíduo com 10 ou mais anos que não sabe ler nem escrever”, sendo, por exemplo, “incapaz de ler e compreender uma frase escrita ou de escrever uma frase completa”.

Feitas as contas, nos concelhos de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo eram, em 2021, 8431 pessoas as que não sabiam ler e escrever. Em todos os casos são sobretudo mulheres (quase o dobro do número de homens analfabetos).

Infografia INE

Penafiel concentrava o maior número de pessoas analfabetas, 2152, seguindo-se Paredes, com 2014. Já Valongo tinha, em 2021, 1641 pessoas que não sabiam ler nem escrever, Lousada 1324 e Paços de Ferreira 1300.

Comparando a realidade actual com a do Censos de 2011, percebe-se que houve uma descida no número de pessoas em situação de analfabetismo nos últimos anos. Nesse ano, existiam 13.058 cidadãos nestes cinco concelhos que não sabiam ler nem escrever (mais 4627 que em 2021): sendo 2129 em Lousada, 1886 em Paços de Ferreira, 3203 em Paredes, 3488 em Penafiel e 2352 em Valongo.

Percentualmente, o concelho de Penafiel é aquele onde há maior taxa de analfabetismo, 3,37%, um número acima da média nacional. Seguem-se Lousada, com 3,1%, Paredes, 2,6%, Paços de Ferreira, 2,5% e Valongo 1,9%.

 Olhando às regiões em que estes concelhos se inserem, a Área Metropolitana do Porto concentrava 34209 analfabetos (2,14%) e o Tâmega e Sousa 14474 (3,84%), em 2021.

Infografia INE

Quanto à realidade das freguesias, em Lousada, eram a União das freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga (190) , União das freguesias de Cristelos, Boim e Ordem (161) e União das freguesias de Lustosa e Barrosas (Santo Estêvão) (117) e Meinedo (117) as que registavam maior número de analfabetos. Em Paços de Ferreira isso acontecia nas freguesias de Paços de Ferreira (188), Freamunde (180) e Frazão Arreigada (167) e, em Paredes, nas freguesias de Paredes (423), Lordelo (285) e Rebordosa (205). As freguesias com maior número de pessoas que não sabia ler nem escrever em 2021 em Penafiel eram Penafiel (362), Termas de São Vicente (171) e Abragão (134). Já em Valongo eram Ermesinde (659) e Alfena (361) que concentravam mais pessoas em situação de analfabetismo, mostram os dados do INE.